domingo, 31 de outubro de 2010

O Papa e a política

Já havia lido o discurso do Papa Bento XVI, aos Bispos do Maranhão, em visita ad limina apostolorum.
Muito interessante o discurso do Papa. Ele não pode deixar de cumprir sua missão de Pastor Universal, exortando o Povo de Deus, especialmente no que diz respeito à defesa da VIDA.
O Santo Padre foi muito oportuno e feliz nas suas colocações, porque o Estado Brasileiro é laico, mas seu povo é religioso, e isto precisa ser respeitado. Quando digo que o povo é religioso é porque está disposto a fazer a Vontade de Deus e não somente dizer: Senhor, Senhor..., como às vezes se pretende, de maneira especial dentro da própria Igreja.
Existem facções sociais, políticas e religiosas especializadas em fazer lavagem cerebral, deixando as pessoas sem convicções, mas com obsessões, e com a consciência invencivelmente errônea. Ficam semelhantes aos grãos de pipoca que levados ao fogo não estouram, e com mais fogo, mais duros ficam.
Tornam-se donas da “verdade”. Estão até manipulando o texto do Papa, para justificar a sede do poder. (cf. http://www.releituras.com/rubemalves_pipoca.asp) É a Vontade de Deus que nos salva e não a nossa, e sobre isto precisamos sempre nos exortar mutuamente, como diz o Apóstolo São Paulo.
Portanto, que nossa fé seja sempre vivificada pela mútua exortação. Pode ocorrer de nos esquecermos que somos todos peregrinos caminhando para a Casa do Pai, e quando lá chegarmos, poderemos ouvir de Jesus o seguinte: “Afastai-vos de mim, vos que praticastes a injustiça, a maldade” (Lc13,27). Creio que ninguém vai querer ouvir isto naquela hora. Seu passaporte está em dia? Pode ter certeza de que a eternidade existe... Assim, busquemos alimentar nossa fé, sem esquecer, como diz o Papa, que ela deve implicar na política.
A fé sem obras é morta, diz a Escritura Sagrada. E uma das obras que deve provir da fé, é o nosso voto consciente em pessoas que vão governar para o bem comum, respeitando a vida em todas as suas etapas e dimensões. No mesmo dia em que li o discurso do Papa, assistindo ao telejornal, à noite, escutei o pronunciamento da candidata e do candidato à presidência do Brasil a respeito do discurso do Papa.
Ambos concordaram com as Palavras do Papa, dizendo que é missão dele exortar para uma vida coerente com os valores da fé e da moral, e que as palavras do Papa valem para todas as pessoas de fé, no mundo inteiro.
O Papa falou, também, que o voto deve estar a serviço da construção de uma sociedade justa e fraterna, defensora vida. Como Bispo da Igreja Católica, e como cidadão brasileiro, fico feliz por saber que nosso Presidente tem defendido a vida, e sempre se pronunciou contra o aborto. Nesses últimos anos o Brasil tem crescido e melhorado em todos os aspectos, de maneira especial no respeito à vida e a valorização da dignidade humana.
Esta é a Vontade de Deus! E as pessoas, em plena posse de suas faculdades mentais, vão reconhecer esta verdade. Nosso país está em pleno desenvolvimento e assim queremos continuar e, depois de 500 anos, nosso povo quer eleger, pela primeira vez, uma mulher que tem compromisso com a vida e provou isso com sua própria vida. Como? Ela não fugiu para o exterior durante a ditadura, mas a enfrentou com garra e, por isso, foi presa e torturada.
Ela queria um país livre, e que todas as pessoas pudessem viver sem medo de serem felizes, vencendo a mentira e o ódio com a verdade e o amor, servindo aos ideais de liberdade e justiça, com sua própria vida. Disse Jesus: “Ninguém tem maior amor do aquele que dá a própria vida pelos irmãos” (Jo 15,13).
Obrigado Santo Padre por suas sábias palavras!
A Dilma é a resposta para as nossas inquietações a respeito da vida. Quem sofreu nos porões da ditadura, não mata. Mas teve gente que matou a vida no seu ventre para fugir da ditadura, e portanto não deveria se comportar como os fariseus, que jogam pedras, sabendo-se pecadores.
E Jesus disse: “Quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la, e quem entregar sua vida por causa de mim, vai salvá-la”(Mt 10,39)
Vamos fazer o nosso Brasil avançar ainda mais, com Dilma, que já provou ser coerente, competente e comprometida com a VIDA.
O dragão devastador não pode voltar ao poder.
Deus abençoe os leitores e eleitores, governos e governados.
Saúde e paz a todos (as)! Tudo o que você me desejar, eu lhe desejo cem vezes mais.

Obrigado.
Caçador, 28 de outubro de 2010
Dom Luiz Carlos Eccel
Bispo Diocesano de Caçador

Diretor de Formação do Sindicato dos Metalúrgicos é chamado de “negão” e “macaco” numa das portarias da Arcelor/Mittal

A Central Única dos Trabalhadores repudia o ato de racismo praticado por um funcionário da empresa Zeugma Consulting, contratada da usina ArcelorMittal, contra o diretor de Formação do Sindicato dos Metalúrgicos de João Monlevade, Wilson Carlos Dias, conhecido como Lustroso. O dirigente sindical, quando distribuía boletins da entidade em uma das portarias da usina, no último dia 21 de outubro,  foi chamado de “negão” e “macaco”. Lustroso chamou  a polícia e foi registrado um boletim de ocorrência, onde o caso foi registrado como “injúria”.
A ArcelorMittal suspendeu, na segunda-feira (25), o contrato de prestação de serviços com a Zeugma Consulting, mas tanto o sindicato quanto a CUT entendem que a siderúrgica não fez mais do que uma obrigação e que sua atitude não desfaz o que aconteceu: racismo, que é um crime previsto em lei e uma afronta inadmissível à dignidade. Além disso, outras denúncias de  abusos de funcionários da Zeugma contra trabalhadores da usina não faltaram. As providências da gerência da ArceloMittal chegaram tarde.
 O caso
No início de outubro, o diretor de Formação do Sindicato dos Metalúrgicos de Monlevade, Wilson Carlos Dias, popularmente conhecido como "Lustroso", havia abordado para uma rápida conversa, na usina da ArcelorMittal Monlevade, um funcionário da Zeugma Consulting – empresa que vinha prestando serviço de consultoria em segurança do trabalho para a siderúrgica.
O objetivo da conversa era questioná-lo quanto ao modo agressivo com que o funcionário havia tratado um companheiro metalúrgico que, supostamente, não estaria usando um EPI (Equipamento de Proteção Individual) de acordo com os padrões normativos. A agressividade vinha sendo uma prática constante de funcionários da Zeugma, que demonstravam verdadeiro poder de polícia, até colocando a mão no peito de companheiros para intimidá-los. A ação da empresa já tinha sido tema de várias reuniões específicas de medicina e segurança no trabalho, quando representantes de nossa entidade exigiam uma atitude enérgica da ArcelorMittal para coibir os abusos cometidos pela empreiteira.Também nas reuniões mensais, voltadas para outras questões, o Sindicato tocou várias vezes na necessidade de providências quanto às atitudes afrontosas. Tudo em vão, até que um fato novo e gravíssimo aconteceu.
No dia 21, quinta-feira da semana passada, Wilson "Lustroso" estava distribuindo boletins do Sindicato em uma das portarias da usina, quando Adriano da Silva Martins, que trabalha na Associamed (prestadora de serviço à ArcelorMittal Monlevade na área de Medicina do Trabalho), se dirigiu até ele e disse que tinha um recado de um senhor identificado como Marcos Anderson Dias (aquele que havia sido questionado pelo nosso diretor), que os observava de uma parte alta da usina. Segundo Adriano, Marcos teria pedido para ele dizer "àquele negão, àquele macaco" para ... (e completou a frase com uma expressão chula).
Imediatamente, Lustroso contou a outros diretores sindicais (que também se encontravam entregando o boletim) a ocorrência de racismo. O relato foi repassado à Polícia Militar. Dois policiais acompanharam Lustroso e mais um de nossos diretores, Eduardo Alfeu, para averiguação do problema. No local, foram contatados o senhor Adriano, da Associamed, que tinha dado o "recado" do Marcos, e o proprietário da Zeugma Consulting, senhor Amílcar. A polícia emitiu um boletim de ocorrência, onde o caso foi registrado como manifestação de "injúria". No momento da ação policial, Marcos Anderson não deu o ar de sua graça na usina.

Escrito por: CUT-MG

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Eu fico com a primeira opção! Eu voto 13!00336357.gif






 Os Números falam      Compare e não
 se deixe enganar. Muito interessante.

 Leia até o final sem preconceito

 Governo LULA - (7,8 ANOS) X Governo - PSDB/PFL (8 ANOS)

1) Número de policiais federais:
Governo Lula: 13 mil
Governo PSDB/PFL: 5 mil

2) Operações da PF contra a corrupção, sonegação de impostos, crime organizado e lavagem de dinheiro.
Governo Lula: 358
Governo PSDB/PFL: 20

3) Prisões efetuadas pelos motivos acima:
Governo Lula: 3.971
Governo PSDB/PFL: 54

4) Criação de empregos :
Governo Lula: 36 milhões (14,6 milhões com carteira assinada)
Governo PSDB/PFL: 700 mil

5) Média anual de empregos gerados :
Governo Lula: 2,14 milhão
Governo PSDB/PFL: 87,5 mil

6) Taxa de desemprego nas regiões metropolitanas:
Governo Lula: 6,3%
Governo PSDB/PFL: 11,7%

7) Desemprego em SP, maior cidade do país:
Governo Lula: 12,9%
Governo PSDB/PFL: 19,0%

8) Exportações (em dólares):
Governo Lula: 258,3 bilhões
Governo PSDB/PFL: 60,4 bilhões

9) Balança comercial (em dólares):
Governo Lula: 265,3 bilhões (positivos)
Governo PSDB/PFL: - 8,4 bilhões (negativos)
  
10) Transações correntes (em dólares):
Governo Lula: 110,1 bilhões (positivos)
Governo PSDB/PFL: - 186,2 bilhões (negativos)

11) Risco-país:
Governo Lula: 204  - atingiu o patamar mais baixo da história.
Governo PSDB/PFL: 2.400

12) Inflação:
Governo Lula: 3,8% (média)
Governo PSDB/PFL: 12,53%

13) Dívida com o FMI (em dólares):
Governo Lula: dívida paga – Hoje o FMI nos deve 18 bilhões
Governo PSDB/PFL: 14,7 bilhões (todo ano emprestávamos uma média de 10 bilhões que desapareciam inexplicavelmente)

14) Dívida com o Clube de Paris (em dólares):
Governo Lula: dívida paga
Governo PSDB/PFL: 5 bilhões

15) Dívida externa:
Governo Lula: 2,41%
Governo PSDB/PFL:12,45%

16) Empréstimo para habitação (em reais):
Governo Lula: 9,5 bilhões
Governo PSDB/PFL: 1,7 bilhões

17) Crescimento industrial:
Governo Lula: 8,77%
PSDB/PFL: 1,94%

18) Produção de bens duráveis:
Governo Lula: 14,8%
Governo PSDB/PFL: 2,4%

19) Aumento na produção de veículos:
Governo Lula: 5,4%
Governo PSDB/PFL: 1,8%

20) Crédito para a agricultura familiar:
Governo Lula: 11,3%
Governo PSDB/PFL: 2,4%
  
21) Valor do salário mínimo em dólares:
Governo Lula: Quase 300
Governo PSDB/PFL: 55

22) Poder de compra do salário mínimo em relação à cesta básica:
Governo Lula: 3,7 cestas básicas
Governo PSDB/PFL: 1,3 cesta básica

23) Aumento do custo da cesta básica:
Governo Lula: 15,6%
Governo PSDB/PFL: 81,6%

24) Transferência de renda (em reais):
Governo Lula: 12,1 bilhões
Governo PSDB/PFL: 2,3 bilhões

25) Média por família:
Governo Lula: 87 reais
Governo PSDB/PFL: 25 reais

26) Atendidos pelo programa Brasil Sorridente (atendimento odontológico):
Governo Lula: 35,7% (15 milhões de brasileiros foram pela primeira vez ao dentista.)
Governo PSDB/PFL: 17,5%

27) Mortalidade infantil indígena (por 1000 habitantes):
Governo Lula: 18,6
Governo PSDB/PFL: 55,7

28) Pró-jovem - estudo subsidiado
Governo Lula: 183 mil (18 a 24 anos)
Governo PSDB/PFL: não havia programa, nem registro.

29) Bolsa Família
Governo Lula: 24,1 milhões de famílias
Governo PSDB/PFL: o programa era o Bolsa Escola com atendimento restrito a um pequeno número de pessoas.

30) Incremento no acesso a água no semi-árido nordestino
Governo Lula: 1.762 mil pessoas e 152 mil cisternas
Governo PSDB/PFL: zero, não havia programa.

31) Distribuição de leite no semi-árido (sistema pequeno produtor)
Governo Lula: 8,3 milhões de brasileiros
Governo PSDB/PFL: zero, não havia programa.

32) Áreas ambientais preservadas
Governo Lula: incremento de 25,6 milhões de hectares
Do ano do Descobrimento do Brasil até 2002: 40 milhões de hectares

33) Apoio à agricultura familiar
Governo Lula: mais de 40 bilhões
Governo PSDB/PFL: Maior repasse 2,5 bilhões

34) Compra de terras para Reforma Agrária
Governo Lula: 3,7 bilhões (2003 a 2005)
Governo PSDB/PFL: 1,1 bilhão (1999 a 2002)

35) Investimento do BNDES em micro e pequenas empresas:
Governo Lula: 35,99 bilhões
Governo PSDB/PFL: 8,3 bilhões

36) Investimento anual em saúde básica:
Governo Lula: 2,5 bilhões
Governo PSDB/PFL: 155 milhões

37) Equipes do Programa Saúde da Família:
Governo Lula: 27.401
Governo PSDB/PFL: 16.698

38) Índice BOVESPA
Governo Lula: 35,2 mil pontos
Governo PSDB/PFL: 11,2 mil pontos

39) Dívida externa:
Governo Lula: (260 BILHÕES EM RESERVAS)
Governo PSDB/PFL: 210 bilhões NEGATIVOS

40) Desemprego no país:
Governo Lula: 8,3%
Governo PSDB/PFL: 12,2%

41) Eletrificação Rural
Governo Lula: 8 milhões de pessoas
Governo PSDB/PFL: 2,7 mil pessoas

42) Livros gratuitos para o Ensino Médio
Governo Lula: 17 milhões
Governo PSDB/PFL: zero

 43) Geração de Energia Elétrica
Governo Lula: 1.567 empreendimentos em operação, gerando 95.744.495 kW de potência. Está previsto para os próximos anos uma adição de 26.967.987 kW na capacidade de geração do País, proveniente os 65 empreendimentos atualmente em construção e mais 516 outorgadas.?
Governo PSDB/PFL em final de governo: apagão
  
44) Construção de Universidades Federais
Governo Lula: 27 universidades + 58 novos campi
Governo PSDB/PFL: 6 universidades federais em 8 anos

E PARA TERMINAR NO Nº 45:

45) Falcatruas e roubalheiras dentro das instituições do governo federal, estatais, e empresas do governo:

Governo Lula: o povo conhece, a imprensa divulga, a polícia federal age e prende, a Controladoria Geral da União (CGU) investiga e denuncia livremente, o Congresso investiga e denuncia, CPIs são instaladas e corruptos são cassados; a justiça julga, o dinheiro roubado aparece e "companheiros" são expulsos, presos, demitidos, cassados ou punidos.

Governo PSDB/PFL: o governo escondia, a imprensa fazia "vista grossa"; a polícia federal não conseguia agir; o Congresso Nacional "levava o dele", calava e não investigava; as CPIs eram sufocadas e arquivadas; o dinheiro roubado ia sorrateiramente para o bolso dos "pais da pátria" de sempre ou era desviado para salvar empresas falidas (de amigos); o dinheiro bom do Tesouro Nacional era enfiado em estatais já saqueadas e sucateadas e que, após saneadas com dinheiro do contribuinte eram "entregues" aos "companheiros" da iniciativa privada que "têm mais competência para administrar"; o obscuro processo de venda de estatais dilapidou R$ 150 bilhões do Patrimônio Nacional.

Resumindo: Dizem que Lula teve sorte e deu continuidade a tudo do PSDB. Há sinceridade nisso? A verdade é que Serra é tão competente quanto FHC, a diferença deles para Lula é que o PSDB defende interesses que não são os da maioria da população e consequentemente não é o melhor para o Brasil, a linha econômica muito mais neoliberal que vinha sendo seguida pelo PSDB mostrou-se desastrosa, tendo em vista que os países que continuaram seguindo as mesmas acabaram quebrando, assim como acontecia na era FHC que se abalava toda vez que ocorria uma crise externa.

 Os bancos públicos que eram os próximos da lista a serem privatizados após a Petrobras, acabaram sendo fundamentais para liberar crédito e não deixar a economia parar e superar a maior crise do capitalismo moderno e ainda por cima gerar lucro recorde para os bancos públicos, já com FHC seria um crime pensar em intervenção do estado pela cartilha neoliberal, o correto seria dar dinheiro público para os bancos e deixar o mercado e sistema financeiro resolver o problema, como aconteceu com FHC com o programa PROER.


Então não é difícil perceber que as diretrizes econômicas e sociais dos dois grupos são bem diferentes, promessa de campanha todo mundo faz, o correto é comparar as realizações dos dois grupos e escolher a melhor para o Brasil.


O histórico do PSDB no governo federal é tão ruim, que querem esquecer o passado e vem com essa historia de votar na pessoa não no partido, porém ninguém se elege sozinho, há todo um grupo de pessoas e de interesses por trás e os interesses que estão por trás do PSDB não mudaram.

Há muito o que mudar e melhorar, no governo e no nosso sistema político, disso não há dúvida, mas temos que mudar para melhor não voltar ao passado.
 Colocando as ideologias de lado, apenas analisando os fatos e estatísticas, não deixem ser enganados, PSDB e DEM nunca mais!!!

Observações:
1 - No ano passado na crise econômica mundial o Brasil passou apenas por uma “marolinha). Foi o último a entrar e o primeiro a sair, apesar da torcida do PSDB/DEM “ do quanto pior melhor”...

2 - Podemos confiar em entregar as riquezas do Pré-Sal a quem tem um histórico de privatizações e queria privatizar a Petrobrás ?
3 - O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. Não sabe  que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado.... e  as empresas nacionais e multinacionais. Bertolt Brecht Se você achar que deve repassar para os seus contatos fique à vontade. Não bloqueie seu sonho nem permita que seu medo fique maior do que sua fé




 
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A hipocrisia do aborto Teoria e prática de Mônica Serra

Nesta campanha, o casal Mônica e José Serra rompeu a fronteira entre o público e o privado ao dar conotação eleitoreira ao tema do aborto. Quando retirou o procedimento da categoria de saúde pública ou de foro íntimo, o casal abriu um flanco na própria privacidade. Serra vinha condenando de forma sistemática a descriminalização ao aborto. Mônica, por sua vez, havia sido ainda mais incisiva, intrometendo-se no assunto durante uma carreata com o marido em Duque de Caxias (RJ): “Ela (Dilma) é a favor de matar as criancinhas”, disse a um ambulante que apoiava a candidata do PT. Não demorou para que o relato de um aborto feito por Mônica quando Serra vivia exilado no Chile virasse assunto público. O caso foi trazido à tona pela bailarina e coreógrafa Sheila Canevacci Ribeiro, 38 anos, ex-aluna de Mônica no curso de dança da Universidade de Campinas.
Ao lado do marido, o antropólogo italiano Massimo Canevacci, Sheila assistia em sua casa a um debate entre os presidenciáveis quando Dilma Rousseff questionou Serra sobre ataques feito por Mônica. Surpreendida, Sheila se lembrou em detalhes de uma aula de psicologia ministrada em 1992 por Mônica para a sua turma na Unicamp. Ao discorrer sobre como os traumas da vida alteram os movimentos do corpo e se refletem no cotidiano, Mônica contara ao pequeno grupo de alunas do curso de dança que ficara marcada por um aborto que precisou fazer na época da ditadura, devido às condições políticas adversas em que vivia. “Fiquei assustada com o duplo discurso de minha professora”, afirma Sheila, que na manhã seguinte colocou uma reflexão sobre o assunto em sua página na rede social Facebook.
A coreógrafa acreditava estar compartilhando a experiência com um grupo de amigos, mas o texto se espalhou, ganhou as páginas dos jornais e até uma nota oficial da campanha de Serra negando o aborto. Já Mônica e Serra não fizeram qualquer desmentido sobre o caso. Na sequência, Sheila recebeu milhares de apoios, mas também críticas, incluindo a de ter traído sua antiga professora. “Foi ela quem traiu minha confiança como aluna e mulher”, diz a coreógrafa. “Ela não é a mulher do padeiro, do dentista. Ela é a mulher de um candidato a presidente da República. O que ela fala e faz conta”.
As atitudes das personalidades públicas contam tanto que chegam a provocar temor. Colega de classe de Sheila, a professora de dança C.N.X., 36 anos, também se lembra do depoimento de Mônica na universidade, mas pede para não ser identificada. Recém-aprovada em concurso de uma instituição federal, ela acredita que, se eleito presidente, Serra pode prejudicar sua carreira. Quanto à aula de 1992, C.N.X. conta que o grupo de alunas não chegava a dez e estava sentado em círculo quando Mônica comentou que um dos fatores que tinham alterado sua “corporalidade” foi a vivência na ditadura e a necessidade de fazer o aborto. “Ela queria ter o filho, não queria ter tirado”, diz a professora de dança. “E eu fiquei muito chocada com o depoimento, pois na época era muito bobinha”, completa C.N.X., que passara no vestibular com apenas 16 anos e pela primeira vez vivia longe da família.
Na opinião da professora de dança, nada impede que, de 1992 para cá, Mônica tenha mudado de ideia: “Mas ela não pode ser hipócrita. Sabe que o aborto é uma experiência traumática”. Trata-se também de um tabu no País, embora 5,3 milhões de brasileiras entre 18 e 39 anos tenham feito pelo menos um aborto, de acordo com o Ministério da Saúde. Mais da metade das brasileiras que se submete ao procedimento acaba internada devido a complicações da intervenção. Como se não bastasse, pode ser condenada a pena de um a três anos de detenção, como prevê o Código Penal de 1940, exceto para os casos de estupro ou de risco de morte da mãe. A mudança dessa lei — ISTOÉ defende a descriminalização do aborto — pode ser o primeiro passo para acabar com a hipocrisia e transformar a interrupção da gravidez em uma questão de saúde pública e de foro íntimo.

Zé de Abreu disseca José Serra: não cumpriu mandato nem de Pres. da UNE!...

FHC crê em Deus tanto quanto em monogamia. Serra é o contrário

São uns santinhos

Na Folha (*) de hoje, na pág. 2, no espaço do Clovis Rossi, há um monumento à hipocrisia tucana (de São Paulo).

É a reprodução de uma resposta de Fernando Henrique Cardoso na campanha para prefeito de São Paulo, em 1985 – aquela que o IBOPE garantiu que ele tinha vencido e ele sentou na cadeira de prefeito.

O entrevistador Boris Casoy perguntou a FHC se ele acreditava em Deus.

FHC, o maior dos Tartufos do Panteon tucano, respondeu:

“Eu respeito a religião do povo, as várias religiões do povo, automaticamente estou abrindo uma chance para a crença em Deus.”

A Folha chama Serra de “neocarola”.

É mais do que isso.

Segundo o Ciro, isso não tem nada a ver com uma súbita conversão do Serra ao fundamentalismo cristão – um neo-carolismo.

É calhordice, mesmo: explorar o aborto para ganhar a eleição.

Agora, o Farol de Alexandria quer, segundo o Estadão, enfrentar o Lula “cara-a-cara”.

Ele quer que o Lula dê a ele o que o seu candidato não dá: tempo de tevê.

Lula e FHC se enfrentam todo dia no horário eleitoral.

A Dilma, ontem, quinta feira, enfatizou a performance entreguista do Governo Serra/FHC: eles venderam tudo.

E só não venderam a Petrobrax porque não deu tempo.

E agora, com o ex-genro do FHC no papel de Assessor Máximo de Serra, FHC e Serra querem entregar o pré-sal.

O cotejo se trava nas comparações mais elementares, como nessa balança tão simpática, em que Lula dá de 10 a 0 no FHC.

O máximo que FHC deve fazer nessa eleição é dar curso à sua devoção a Nossa Senhora da Aparecida, andar até lá, a pé mesmo, e rezar o terço, para que seu filhote tenha uma derrota minimamente honrosa.

E ele, FHC, não seja obrigado mais a falar em Deus e aborto.


Paulo Henrique Amorim

A Folha é o que é porque o dono é o que é

Seleção Natural: Um guia prático de capitalismo selvagem, Collor e Maluf: “é imoral perder dinheiro”
Seleção Natural: um guia prático de capitalismo selvagem, Collor e Maluf: “é imoral perder dinheiro”
O projeto editorial da Folha (*) é vestir o Presidente Lula de palhaço, amarrá-lo num poste no centro do picadeiro e ver o circo pegar fogo.
A Folha (*) quer que o Brasil se dane.
Por isso ela publica palavrão.
Entrevista o Daniel Dantas DEPOIS de preso e pergunta o que achou da investigação.
Vaza investigações da Polícia Federal para beneficiar passador de bola, como Daniel Dantas, ou empreiteiros corruptos.
Faz do Fernando Henrique um bom caráter, ao reconhecer um filho de dezoito anos, que ele escondeu enquanto teve vida útil.
Publica uma ficha policial falsa da Dilma.
Dá destaque a um comercial de papel higiênico feito para desmoralizar a Dilma e o Lula.
Publica um texto sórdido de um ex-militante do PT para desmoralizar o Presidente Lula.
É irrelevante o que dizem os colonistas (**) da Folha (*).
Como diz o Mino Carta, o Brasil é o único país do mundo em que jornalista chama patrão de colega.
No caso da Folha (*), os colonistas chamavam o “seu Frias” de “gênio” e o filho, Otavio  Frias Filho de “muito culto e inteligente”.
O que interessa é saber o que pensa o patrão.
E para realizar esse exercício, o Conversa Afiada se dispôs a passar uma parte deste fim de semana a ler “Seleção Natural” – Ensaios de cultura e política”, da editora PubliFolha (!).
É um exercício narcisista de erudição que esconde o que a Folha (*) é: o jornal conservador, Golpista.
O autor é Otavio  Frias Filho, também notável dramaturgo, repórter, antropólogo, crítico de cinema, autobiografado e, nas horas vagas, Publisher da Folha (*).
O ensaísta se propõe a  falar de Hamlet, Tocqueville, de Darwin – o título do livro diz muito, “Seleção Natural” – Nelson Rodrigues, Orwell e a Princesa Diana.
Quem é ele ?
“Esse romântico, esse melancólico, cultua musa geométrica; seu modo de entender as coisas e o os acontecimentos é o de buscar, a seu tempo, simetrias, compensações espaciais e diagramas”.
(Pág. 204, do pósfácil (?), de Marcelo Coelho.)
O que pensa ele, que busca, segundo o posfaciador, “uma matemática visual” ?
“Condena ‘tudo o que está aí’, mas não acredita que ‘outro mundo seja possível’. Gostaria de presenciar revoluções que torce, com razão (?) para que não aconteçam. Acha que ‘tudo já foi dito’, mas confia na capacidade que uma obra de arte possui caráter de antecipar o futuro (?)”
“Os ensaios de Otavio  Frias Filho  mostram que não há muita esperança pela frente…”
(Pág. 209, do posfácil.)
“A negação da História, que vemos constantemente repetida no pensamento do autor, seria então mais do que uma evidência, um álibi para sua insatisfação pessoal; diminuir a política, como faz o diretor do maior jornal do país, é um paradoxo e uma coerência ao mesmo tempo.”
(Pág. 207.)
Cito o pósfácil, porque é muito chato tentar chegar ao fio da meada dos ensaios propriamente ditos.
O autor trata de assuntos irrelevantes com o apoio de autores irrelevantes, ou de assuntos relevantes com análises irrelevantes.
Como ensaísta, ele merecia viver no caderno “Mais”, que guarda do patrão essa característica imprescindível para ensaiar na Folha (*): ser incompreensível.
Porém, é um engano pensar que o autor seja um nihilista irresponsável.
Não, há uma lógica nesse nihilismo.
Não é à toa que o Autor gosta do “Fim da História” do Fukuyama.
Seria tão bom se o mundo acabasse no dia em que Muro de Berlim caiu …
O livro é, na essência, uma homenagem ao pai.
Um pai que ele define no “Visões do Exílio”, pág. 136, ao tratar do jornalista português Victor Cunha Rêgo.
O que pensava o “Seu Frias”, segundo o filho ?
“… o mundo como ele é, dominado pelo dinheiro, pelas relações de força, pelas pressões oriundas da necessidade”.
Há uma carta do Autor ao padre que celebrou a missa em memória do pai (pág. 194), onde há acréscimos à personalidade paterna: “foi cético quanto a natureza humana”; “é imoral perder dinheiro nos negócios”.
Pouco antes, na página 191, Otavio Frias Filho republica a carta que mandou ao presidente Collor, que perseguiu a Folha (*), como hoje a Folha persegue o presidente Lula.
E lá, na carta, o valente Autor diz que apoiou as ideias neoliberais, frustradas em Collor, e que o Governo FHC (que o Autor apoiou e apóia) pôs em prática: privatização, redução da máquina do Estado – “do ponto de vista programático há mais convergência do que divergência entre as posições do jornal e aquelas que o sr (Collor) vem pregando”.
O Autor se esconde atrás de nihil-hermetismo, mas deixa transparecer algumas preferências.
(O ensaio “Introdução à historia sentimental do tucanato” demonstra que o Autor deveria poupar os leitores de qualquer analise política. A página dois da Folha (*) consegue ser melhor.)
A seleção (i)natural que faz na obra de Tocqueville é para ressaltar que o Tocqueville morria de medo da democracia de massas, como a que existe hoje no Brasil.
Ou autor se esmera em descrever a seleção natural de Darwin – o título já demonstra isso – que percorre como subtexto e explica toda a Obra.
Como diria o pai: é imoral (!) perder dinheiro.
Ou seja, o capitalismo é a nossa moral.
Por isso, o Conversa Afiada discorda do Nassif, quando diz  que a Folha não tem rumo.
Mesmo quando você trabalhou lá, Nassif, a Folha (*) era o que é.
Tanto é que o “Seu Frias” mandou o Claudio Abramo embora e botou o Boris Casoy no lugar.
Quando o Serra era editorialista da Folha (*), Nassif: a Folha (*) sempre soube que rumo seguia.
Não, Nassif, a Folha (*) tem e sempre teve rumo, sim.
O rumo do “Seu Frias”, o amigo número Um do Maluf.
(Clique aqui para ver que o Ministério Público suspeita que o Maluf ia construir um crematório para sumir com os que eram presos com a ajuda dos carros de reportagem da Folha (*) )
É o capitalismo feroz da Seleção Natural de Henry Ford.
É o Golpe de Estado – o PiG (***) – para tirar esse palhaço de lá.
E entregar ao Serra.
“Viverei o suficiente para ver o Serra dar jeito nesse país”, disse o Seu Frias, pouco antes de morrer, a um ex-amigo comum.
Essa é a epígrafe que faltou ao livro do filho.
O título do primeiro capítulo do livro é “O Fim do Futuro”.
O Conversa Afiada concorda: o Serra é o fim do futuro.
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; do câncer do Fidel; da ficha falsa da Dilma; de Aécio vice de Serra; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos,  reconheceu um filho; e que, nos anos militares, emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**)Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (***) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(***)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
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O PiG (*) e o Golpe. Nunca mais será como hoje


Vai ser uma conjunção carnal de Maria Chuteira
A coalizão carnal entre o PiG (*) e os tucanos jamais se repetirá.

Com o fim melancólico – diria o Marco Aurélio Garcia – do jenio e de seu patrono oculto, o Farol de Alexandria, as relações entre o PiG (*) e a oposição terão que mudar.

O PiG (*) sempre será um instrumento do Golpe e, quando a oposição for medíocre, como agora, sob a liderança do jenio, o PiG (*) se tornará o centro-avante da oposição.

Um centro-avante patético, desarticulado, como o Ronaldo do Corinthians.

Mas, será.

O PiG (*) é incompatível com governos trabalhistas, desde Vargas.

Mas, a relação entre os Golpistas e a UDN, o PSDB de São Paulo, vai mudar.

Jamais se reproduzirá a intimidade que há com José Serra e Fernando Henrique Cardoso.

Eles são o PiG (*) por excelência.

Eles são instrumento do PiG (*) e, no caso do Farol, seus ideólogos.

(Porque o Serra não tem idéia nenhuma a oferecer a ninguém.)

A Folha (**), por exemplo, saiu da rua Tutóia direto para a campanhas das Diretas pela mão de uma pesquisa do CEBRAP.

CEBRAP foi uma instituição do Farol, financiada pela Fundação Ford, que, por sua vez, era financiada pela CIA.

Serra foi articulista e editorialista da Folha (**).

Serra foi o primeiro entrevistado do UOL (da Folha (**) ), quando fez pronunciamentos que a História registrará em mármore.

Os Mesquitas sublimaram a paixão pelo Lacerda (***) com a renovada paixão por FHC.

Entre os detritos de maré baixa que a cercam, a Veja classificou Serra de “a elite da elite”.

Depois de 4 de outubro, isso vai mudar.

O PiG (*) será o PiG (*).

A Folha (**) será a Folha (**).

Mas o Serra e o Farol não serão mais os mesmos.

Não serão convidados para abertura da Copa, no Lulão.

E aí o PiG (*) terá que se conjugar carnalmente com o Aécio e com o Cesar Maia.

Mas, não será com o mesmo fervor, o mesmo arrebatamento.

Será uma relação interessada.

De Maria Chuteira.

Paulo Henrique Amorim


Em tempo: dizem que o Farol está magoado com Serra, porque não defende o Governo dele. Se fosse o inverso: o candidato FHC defenderia na campanha um Governo desastroso como o do Serra ?

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um  comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(***) O Tijolaço está certo: quem nasceu para José Serra não chega a Carlos Lacerda !

Emiliano José


Estamos a seis dias das eleições. Não sei por que, mas logo me veio à mente o título do notável livro de John Reed – Os dez dias que abalaram o mundo. É uma notável reportagem sobre a aurora da Revolução Russa. A lembrança talvez venha porque tenho absoluta convicção de que esses próximos dez dias são fundamentais para o nosso destino, para o destino do povo brasileiro. E mais do que isso, e é disso que quero tratar, serão dias de um estrebuchar midiático nunca antes visto neste País. Nós não temos o direito de nos enganar quanto a isso. Não podemos nos iludir.


Está posto que a mídia no Brasil é uma das mais partidarizadas do mundo. Não há no Brasil, ao menos se consideramos o seleto núcleo de famílias de onde sai as diretivas para o resto do País, não há aquilo que no jornalismo se denomina cobertura, que implica um olhar sobre o fato o mais verdadeiro possível. O núcleo é constituído pelas famílias que controlam os complexos midiáticos Globo, Folha, Estadão e Abril. Esse é o secretariado do Comitê central do partido político midiático brasileiro. E está posto que a ação deles nesses 10 dias será intensa. E que não haverá qualquer compromisso com os fatos.


O candidato do partido é Serra – ou será que há ainda quem duvide? E por esse candidato eles – os barões midiáticos – continuarão a fazer mais do mesmo – utilizar os fatos para construir as versões que melhor atenderem aos interesses de Serra.  Lula, antes da divulgação do relatório da Polícia Federal sobre os supostos dossiês sobre os tucanos, disse que o problema eram sempre as versões, e acertou em cheio. Deturparam tudo. Os tucanos se engalfinham e o PT é culpado.


Os barões midiáticos atuarão nesses dias com uma intensidade maior do que tudo aquilo que nós já vimos, embora o que se viu até agora em nossa história não seja pouco. Estão considerando que esta é a eleição da vida deles. A expectativa de continuarem fora do controle direto do Estado os preocupa e por isso cotidianamente a cobertura e os colunistas se empenham todo o tempo em subsidiar a oposição, em municiar o candidato do partido.


Que não me alertem sobre o perigo de uma visão conspirativa.


A mídia brasileira, ao menos aquele núcleo hegemônico, conspira há muito tempo, e sempre a favor das classes dominantes, dos setores mais conservadores da sociedade brasileiros, dos eternos detentores de privilégios. Eles não guardam sequer o recato de cumprir os manuais de redação, aquelas coisas do beabá do jornalismo, que se aprende nos primeiros semestres das escolas de comunicação. No partido político midiático, que o deputado Fernando Ferro chamou de Partido da Imprensa Golpista, o famoso PIG, a pauta tem sempre direção, orientação política, e ao reportariado cabe cumpri-la, sem discussão. Aqui e ali, alguma distração.


Vou insistir: não temos o direito da ilusão. Não esperemos nenhuma atitude séria, honesta do partido político midiático. Aliás, se voltamos ao passado, e não precisa ser tão remoto, vamos ver sempre esse partido atuando em favor das causas mais conservadoras, sem temer pelas conseqüências. Quem quiser, dê uma lida no capítulo denominado Mar de Lama, do livro de Flávio Tavares denominado O dia em que Getúlio matou Allende e outras novelas do poder. Nesse capítulo, fica evidente como a mídia orientou toda a ação política para derrubar Getúlio, e que terminou com o suicídio do presidente.


Quem não se lembra da atividade militante de nossa mídia a favor do golpe de 1964, salvo sempre as exceções, e nesse caso só Última Hora? Não importa que daí sobreviesse, como ocorreu, um regime de terror e morte. E durante a ditadura, a mídia teve sempre uma atitude complacente, como denomina o jornalista e professor Bernardo Kucinski em seu livro Jornalistas e Revolucionários – nos tempos da imprensa alternativa. Complacente e muitas vezes conivente com a ditadura.


Quem quiser conhecer um pouco da atitude do Grupo Folhas durante a ditadura é só ler o extraordinário livro de Beatriz Kushnir – Cães de Guarda – Jornalistas e Censores. Ali fica evidente como o Grupo Folhas foi um entusiasta defensor da ditadura militar. O Estadão, se sabe, foi sempre um jornal vinculado à direita. Teve o mérito, ao menos, agora, de declarar o voto em Serra. E mostrou a sua verdadeira face ao censurar Maria Rita Khel por publicar artigo defendendo o Bolsa Família. Do grupo Civita, há pouco que dizer, por desnecessário. A revista Veja é uma excrescência, um panfleto da extrema-direita. Do grupo Globo, que dizer? Há uma caudalosa bibliografia a respeito, que a desnuda, e que eu não vou perder tempo em citá-la. Era porta-voz da ditadura, esteve sempre ao lado dos privilegiados e se aliou ao longo de sua história, sem qualquer variação, aos mais destacados homens da direita brasileira.


Por tudo isso, quero reiterar: vamos manter acesa a idéia de que é preciso mostrar o que esse projeto político em curso, com Lula à frente, fez pelo povo brasileiro, as extraordinárias mudanças que estamos fazendo no Brasil. E, por todos os meios que tivermos, no leito da democracia, desmontar o festival de mentiras, de calúnias, de sordidez que vem sendo orquestrado pela campanha de Serra, com a participação decisiva do partido político midiático.


Mais do que nunca é necessário dar adeus às ilusões de uma mídia com características democráticas no Brasil atual. E é necessário ter clareza de que temos que dar passos firmes na direção da democratização da mídia, por mais que ela estrebuche. A imprensa tem que cumprir com suas obrigações constitucionais. Não pode se constituir em partido político disfarçando-se de imprensa.  A democracia há de chegar à mídia também. Para que o país avance. E para que façamos isso é preciso eleger Dilma presidente.



Jornalista, escritor, prof. Dr. em Comunicação e Cultura Contemporâneas.


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Empretismo Cosignados

Apesar de toda dificuldade e articulações do patronal, além de ficar claro que a maiorias das empresas de segurança não dispõem de uma situação cadastral tão confortável quanto parece e dizem. Nos próximos dias os vigilantes de algumas empresas, as que se encontram em melhor situação já poderão ter acesso ao empréstimo. A dificuldade inicial para a liberação do dinheiro foi como sempre: tentando levar vantagem em tudo, um grupo de empresas sob orientação do Sindicato Patronal andou dizendo que não tinha interesse em assinar o acordo com os banco para não endividar os vigilantes. Mentirosos, foi má vontade, para o vigilante não ter acesso ao empréstimo. Um outro grupo tentou ganhar comissão em cima dos valores emprestados aos vigilantes. O outro é o grupo das picaretas aquelas que deve tudo e a todos, posa de porreta e arrota valentia, quando Sindicato cobra o que deve ao trabalhador.
Um outro grupo de empresas menores, que ainda tem alguém de seriedade, que apesar dos problemas busca resolver a situação dos trabalhadores já assinou o contrato de mutuo com os bancos e nos próximos dias os colegas que trabalham nesta empresas terão acesso ao empréstimo.

Bancos:
O Sindvigilantes assinou acordo com os bancos abaixo, que estabelece uma distinção entre trabalhadores sindicalizados e não sindicalizados. Em ambos os casos, as taxas de juros foram reduzidas para níveis bem mais baixos das praticadas no mercado financeiro.

Prazos para pagamento:
O prazo de pagamento vai de 06 a 36 meses. A taxa de juros cobrada dependerá deste prazo. Além disso, o trabalhador deve expressar-se para envolver como garantia adicional parte de suas verbas rescisórias. Neste caso a taxa de juro será ainda menor.

Taxa de Abertura de Crédito:
O valor da TAC, cobrada pelos bancos para cobrir despesas operacionais já esta definida no acordo, deve ser de R$: 10,00 para trabalhadores sindicalizados e de R$: 20,00 para os não sindicalizados.

Valor:
O valor do empréstimo é definido a partir de analise feito pelo o banco, considerando sua renda mensal, outros empréstimo caso o tenha, tempo de serviço e não pode ser superior a 30% de seu salário mensal, considerando inclusive valores com pensão alimentícia, cartão convênio, etc.
Sindicalizados:
Para ter acesso ao empréstimo não é necessário ser sindicalizado, entretanto para os colegas sindicalizados a taxa de juros e a TAC serão menores, conforme tabela. abaixo

Tabela de correção mensal:


Sindicalizados
C/ consignação
S/ consignação
Até 6 meses
1.75%
1.85%
7 a 12 meses
2.0%
2.1%
13 a 24 meses
2.3%
2.4%
25 a 36 meses
2.6%
2.8%
Não sindicalizados
Com ou sem consignação
2,0% a 3,3%


Tabela de parcelas por tempo de serviço:


Meses
parcelas
de 6 a 9
até 9
de 9 a 12
até 12
de 13 a 24
até 24
a partir de 25
de 25 a 36

Os acordos assinados com os bancos não permitem a cobrança de taxas extras, tarifas, comissões etc, a titulo de custo operacional ou ainda qualquer outro, destinado ao Sindicato, Federação, Confederação, Central Sindical etc.
Quem pode fazer o empréstimo:
O acordo prevê, que serão beneficiários das operações financeiras todos os empregados de empresas privadas em regime de trabalho da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho que:
a) Possuam contrato de trabalho com mais de seis meses de efetivo exercício;
b) Seja aposentado por tempo de serviço desde que seus rendimentos sejam pagos pelo ex-empregador;
c) Seja, pensionista desde que esta condição seja decorrente de morte do empregado e que seus proveitos sejam pagos pelo ex-empregador;
d) Possuam contrato de trabalho com duração remanescente superior ao prazo previsto para liquidação do empréstimo, depois de cumpridos os 6 meses de efetivo exercício;
e) Estejam exercendo mandato legislativo ou executivo com prazo superior ao do empréstimo;
f) Estejam em gozo de licença para tratamento de saúde, e que estejam recebendo rendimentos integrais pagos pelo empregador.
Vigência:
O prazo de vigência do acordo é indeterminado. No caso de redução ou aumento acentuado na taxa de juro de mercado e nas demais condições do empréstimo com desconto em folha, as partes comprometem-se a renegociar o termo do acordo.

Procedimentos para solicitar seu empréstimo:
A solicitação do seu empréstimo será feita através de encaminhamento via sindicato para o banco que após analisar a sua documentação enviará para a empresa que você trabalha para avalizar e confirmar as informações prestadas. A partir daí o banco libera o valor solicitado em sua conta em um prazo determinado pelo próprio banco.

CIPA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTE Norma Regulamentadora nº 5

Caros companheiros,
A luta pela preservação de nossas vidas e a busca constante para que possamos realizar nosso trabalho com segurança e cercado da maior proteção possível é uma das principais preocupações da direção deste Sindicato, não é a toa que temos definido em nossa estrutura administrativa a Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho.
Assim sendo não poderíamos deixar de aproveitar este precioso momento para informar-lhes os procedimentos básicos para constituição das CIPAS.
Dando continuidade ao processo de informação e acompanhamento das CIPAS constituídas em nossa categoria, informamos a todos que no dia 26 de abril de 2003, estaremos promovendo um seminário, para todos os que tiverem interesse, onde debateremos mais detalhadamente a ação desta importante Comissão.
O QUE É CIPA?
A CIPA – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES, é uma comissão paritária (metade dos cipeiros representa os interesses da empresa e a outra metade o interesse dos trabalhadores) que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho (varizes, estresse, etc...) buscando constantemente a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
A CIPA NA LEI
Há muito tempo, principalmente nas indústrias, que a proteção do homem no trabalho é uma preocupação dos trabalhadores e, em menor, escala dos patrões. Não é a toa que já em 1921 a OIT – Organização Internacional do Trabalho, aprovou uma recomendação cujo ponto fundamental assim se apresenta: “Todos os estabelecimentos industriais que empreguem regularmente pelo menos 25 trabalhadores devem ter um Comitê de Segurança”.
No Brasil a instituição legal sobre a CIPA ocorreu efetivamente em 10.11.44, através do Decreto-Lei n0. 7.036 que no seu artigo 82 estabeleceu a obrigatoriedade para que as empresas com mais de 100 empregados instalem as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes.
Com o “desaparecimento” do Decreto-Lei a CIPA passou a ser objeto de disposições inseridas no texto da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, notadamente pelo seu artigo 163 que ratifica a obrigatoriedade da instalação da CIPA e que são disciplinadas pela NR 5, da Portaria n0. 3.214 de 1978.
A NR (Norma Regulamentadora) 5 – estabelece o seguinte:
Todas as empresas, sem exceção, devem constituir CIPA e mantê-la em regular funcionamento:
As CIPAS serão constituídas por local de trabalho. Todo local onde possuir no mínimo 20 empregados deverá ser constituída uma CIPA, nos locais onde o número de empregados não atingir a exigência mínima deverá ter, pelo menos, um empregado treinado;
O Quando a empresa possuir mais de uma CIPA no mesmo Município deverá garantir a integração das mesmas;
A CIPA será composta por representantes dos empregados (Titulares e suplentes) por eles eleitos e por representantes
Os representantes dos empregados serão eleitos por votação secreta;
O mandato dos membros da CIPA terá duração de um ano, permitida uma reeleição. Os representantes dos empregados (titulares e suplentes) gozarão de estabilidade no emprego desde o momento de sua inscrição até uma no após o fim do seu mandato;
Os membros da CIPA não podem serem transferidos do local de trabalho no qual ele foi eleito;
Após a posse dos eleitos, as empresas terão 10 dias para protocolar na DRT cópias da atas de posse e eleição e calendário anual das reuniões ordinárias;
Depois que a CIPA for protocolada na DRT as empresas não poderá reduzir o numero de representantes da CIPA;
A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido;
As reuniões da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da empresa;
As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cópias para todos os membros;
A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA;
A CIPA QUE QUEREMOS
A CIPA que queremos construir deve ter o poder de intervir sobre todos os fatores que influenciam a saúde dos trabalhadores, como o salário, a jornada de trabalho, a organização da produção, as horas-extras, o comportamento das chefias, a relação com os clientes e o público enfim. A CIPA que queremos construir é aquela que promove e garante a cidadania no local de trabalho a partir do princípio da solidariedade e do compromisso histórico da classe trabalhadora com a preservação dos recursos naturais e da vida no planeta.
As atribuições da CIPA
Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de risco, com a participação dos trabalhadores e a assessoria técnica do SESMT (Setor de Segurança e Medicina do Trabalho);
O mapa de risco deve ser feito a critério próprio da CIPA;
Elaborar um Plano de Trabalho sobre as atividades rotineiras dos cipistas (estabelecendo a quantidade de horas necessárias, se possível, cronograma etc);
Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção, ou seja, a CIPA deve manter um registro do andamento das suas recomendações (que pode ser atualizado em cada reunião);
Realizar inspeções periódicas nos ambientes de trabalho (que podem estar previstas no Plano de Trabalho da CIPA ou serem feitas de surpresa);
Verificar em cada reunião o andamento do Plano de Trabalho, fazendo os esforços necessários para que seja cumprido (inspeções, análises de risco, acompanhamento de serviços perigosos; organização da SIPAT; visitas técnicas; participação em feiras, seminários, cursos, análise de acidentes e doenças, atender chamado dos empregados para verificar condições de risco etc);
Divulgar aos trabalhadores informações sobre segurança e saúde no trabalho (através do jornal da CIPA; do Quadro de Avisos da CIPA, de palestras para os trabalhadores de cada setor etc);
Discutir com a SESMT e o empregador, o impacto de alterações a serem feitas nos ambientes de trabalho (novos equipamentos etc) e no processo de trabalho (mudança da jornada, introdução de novas formas de gestão etc);
Requerer ao SESMT ou ao empregador, a paralisação de setor onde considere haver condição de risco grave e iminente;
Colaborar com o desenvolvimento do PPRA e do PCMSO, que devem ser apresentados e avaliados pela CIPA (com anotações em ata);
Divulgar e promover o cumprimento das NR e das cláusulas de saúde dos Acordos e convenções Coletivas, motivo pelo qual a CIPA deve dispor sempre de um livro das NR atualizado e de uma cópia do Acordo ou Convenção.
Participar das investigações das causas dos acidentes e doenças;
Requisitar ao patrão toda e qualquer informação que entender relevante para a saúde e segurança dos trabalhadores (formulário DSS 8030 para aposentadoria especial, de termos de notificação (TN) da fiscalização etc);
Requisitará empresa que a cópia das CAT sejam entregues à CIPA imediatamente após sua emissão;
Promover a SIPAT todo ano, junto com o SESMT;
Participar de Campanha de Prevenção da AIDS, junto com a empresa;
Como deve ser o funcionamento da CIPA
A CIPA deve realizar reuniões mensais durante o expediente normal da empresa, conforme calendário definido no início do mandato;
Os membros titulares e suplentes devem receber cópia da ata das reuniões;
A CIPA deve realizar reunião extraordinária, quando;
Houver denúncia de situação de risco grave e iminente;
Ocorrer acidente grave ou fatal;
Uma das bancadas entender ser necessário, por qualquer motivo.
As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso, mas não obrigatoriamente;
Não havendo consenso, as votações realizadas devem ser registradas em ata;
Quando a CIPA tomar uma decisão que não tenha a concordância do patrão ou dos trabalhadores, o assunto deve voltar a ser discutido, devendo o Presidente e o Vice encaminhar uma solução para o assunto;
O membro titular da bancada patronal ou dos trabalhadores, perde o mandato se faltar a mais de quatro reuniões ordinárias (mensais), sem justificativa, devendo ser substituído por suplente, conforme ordem de votação;
Se isto ocorrer, o fato deverá ser comunicado à DRT, explicando os motivos;
Em caso de afastamento definitivo do Presidente, o patrão deve indicar um novo Presidente, que não precisa necessariamente, estar entre seus representantes na CIPA;
Em caso de afastamento definitivo do Vice, os membros titulares da bancada dos trabalhadores deverão escolher um novo Vice, em até dois dias.
Recomendamos a todos a leitura das Normas Regulamentadoras, quem tiver interessado por maiores informações deve procurar a Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho. Ou através do nosso telefone, 71 3525 6520. Ou ainda pelo e-mail sindvigilantes@sindvigilantes.org.br