terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Peru de Natal tenro, suculento e sem sobras pro dia seguinte, prepare-se para os elogios


Peru de Natal
Peru de Natal, tenro e suculento
Olá amiga(os), o peru de Natal é sem dúvida nenhuma o prato mais típico das ceias brasileiras de final de ano.
Como essa tradição chegou até nós é um mistério, sabe-se porém que ele era uma ave selvagem no México.
A parte mais saboreada é a carne do peito: leve, branca, tenra, com toques adocicados. As melhores escolhas para harmonizar com este prato podem ser um vinho branco encorpado ou um tinto mais leve, com toques adocicados e frutados.
As regras para acertar no preparo da ave obrigatória do Natal, desde o tempero até o momento de retirá-la do forno requer muita dedicação e amor
A questão é que o peru tem, de fato, seus segredos. É muito mais difícil de ser preparado que os demais assados natalinos e requer cuidados especiais, desde o momento de temperá-lo até a hora de retirá-lo do forno.
Para começar, tem dois tipos de carne, a branca do peito e a escura nas demais partes, o que significa dois tempos diferentes de cozimento, além de sabores distintos (o frango também, porém o fato de ser uma ave menor facilita os trabalhos).
O tamanho do peru se transforma em desafio: quanto maior, mais demora no forno e mais tempero exige. Porém, como sua carne é muito suave, deve-se ter cuidado para não exagerar, senão o gosto se perde nos condimentos.
O recheio – Antes de mais nada, é preciso saber que ele não pode ser feito de véspera. Ou melhor, pode até ser preparado com antecedência, mas só deve ser colocado no peru momentos antes de ir para o forno. Ele altera completamente o tempo de cozimento. Qualquer carne recheada demora para assar. E, quanto mais ficar no calor, mais seco tende a se tornar.
Uma boa saída é colocar o recheio (geralmente uma farofa rica) depois que a ave já estiver pronta, momentos antes de levá-la à mesa.
PASSO A PASSOPREPARE A MARINADA
Misture 1 xícara de suco de laranja, 2 xícaras de vinho branco seco, 4 dentes de alho cortados em lâminas, 5 folhas de louro, 1 colher (sopa) de sal e 1/2 colher (sopa) de pimenta-do-reino em grãos. Coloque o peru numa assadeira, cubra-o com essa marinada e deixe na geladeira por uma noite.
PASSE MANTEIGA SOB A PELE
Misture 3/4 de xícara de manteiga amolecida em temperatura ambiente com 1 colher de sopa de sálvia, alecrim e tomilho picados. Com muito cuidado, levante a pele da ave e espalhe parte da manteiga sobre a carne, sem romper a pele. Esse truque vai deixar a carne mais tenra e saborosa.
AROMATIZE O INTERIOR DO PERU
Pique 3 talos de salsão, 2 cenouras, 2 colheres de sopa de tomilho e sálvia. Se quiser, corte 2 cebolas ao meio e espete cravos nas metades ou use casca de laranja, que empresta seu aroma delicado à carne. Antes de levar o peru ao forno, coloque esses temperos na cavidade interna.
AMARRE AS PERNAS
Atar as coxas da ave com um barbante mantém o corpo firme e permite que doure de maneira uniforme. No caso das asas, basta torcê-las para baixo das coxas.
ASSE MANTEIGA SOBRE A PELE
Espalhe a manteiga aromatizada restante generosamente em toda a superfície da ave. Esse procedimento vai ajudar a deixar a pele dourada.
CUBRA O PERU
Envolva-o com uma folha de alumínio e leve ao forno por um período de uma hora a hora e meia, dependendo do tamanho. Regue-o constantemente para não ressecar e levante a folha cada vez que for regar.
COZIMENTO
Para testar o cozimento, espete uma faca fina no peito da ave, se escorrer um líquido rosado e a carne estiver mole, é sinal de que ainda não assou o suficiente. Se o líquido for claro e a carne firme e branquinha, a ave está no ponto. Na meia hora final, retire o alumínio para dourar a pele.
Tem algumas marcas que já vem temperados e com o dispositivo que avisa quando a carne está cozida.
Para que a carne não fique ressecada mesmo nesses perus com dispositivos, espete a faca fina no peito e confira a temperatura do forno está adequada, por se tratar de uma carne delicada, todo cuidado é recomendado.
Quem conhecer a historia de como essa tradição começou, compartilhe conosco.
Beijos e boas festas, compartilhe com amigos e familiares esses momentos especiais!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Ministério do Trabalho e Emprego:Diário Oficial da União – Seção 1 N


PORTARIA No- 191, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2006 Inclui o subitem E.2 no anexo I da Norma
Regulamentadora nº 6
A SECRETÁRIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO e o DIRETORDO DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E SAÚDE NOTRABALHO, no uso de suas atribuições legais, resolvem:Art. 1°. Incluir o subitem E.2, no item E, no Anexo I da NormaRegulamentadora nº 6, aprovada pela Portaria nº 25, de 15-10-2001,com a seguinte redação: E.2 Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica,.Art. 2º. A emissão do Certificado de Aprovação previsto no artigo 167 da CLT, para o equipamento de proteção individual definido no artigo1º, está condicionada à homologação do produto e respectivo apostilamento ao título de registro da empresa fabricante ou importadora, efetuados pelo Exército Brasileiro. Parágrafo Único. A empresa fabricante ou importadora deve comunicar imediatamente ao Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho qualquer alteração em seu registro ou de seus produtos, efetuada pelo Exército Brasileiro.Artigo 3º. Os procedimentos de fabricação, homologação, apostilamento, transferência, guarda, transporte, distribuição,comercialização, exposição e utilização do colete à prova de balas devem atender à regulamentação específica do produto.
Artigo 4º. A necessidade do Certificado de Aprovação não se aplica aos equipamentos fabricados até 180 dias após a publicação desta Portaria. Art. 5º. As obrigações de aquisição, fornecimento e uso do equipamento de proteção individual definido no artigo 1º, nos postosde trabalho, serão exigidas na proporção de 10% (dez por cento) a cada semestre, totalizando 5 (cinco) anos contados da publicação desta portaria.
Art. 6°. Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

RUTH BEATRIZ VASCONCELOS VILELA
Secretaria de Inspeção do Trabalho
RINALDO MARINHO COSTA LIMA
Diretor do Departamento de Segurança
e Saúde no Trabalho

Jornada especial 12 x 36 não exclui direito a feriado


No Brasil, a duração normal do trabalho, prevista no artigo 7º, XIII, da Constituição da República, é de 08 horas diárias ou 44 semanais. Essa limitação visa a proteger o empregado dosefeitodafadiga,evitando,assim, possíveis acidentes de trabalho.Por outro lado, permite ao trabalhador maior convívio familiar e social, bem como mais tempo para se aprimorar profissionalmente. Contudo, essa mesma Constituição faculta acompensação de horários e a redução da jornada, por meio de negociação coletiva.
Algumas categorias profissionais, em decorrência de características próprias, costumam adotar o regime de 12 horas de trabalho por 36 de descanso, muito comum em estabelecimentos hospitalares e na área de vigilância. O que se discute nessa jornada especial é a questão do direito aos feriados, que muitos
pensam não existir. No entanto, esse direito, previsto na Lei nº 605/49, também está presente na jornada 12 x 36. A essa conclusão chegou a juíza titular da 2ª Vara do Trabalho de Barbacena, Vânia Maria Arruda,
no julgamento da ação proposta por um vigilante contra as empresas para as quais prestou serviços.
De acordo com a narrativa do trabalhador, as reclamadas não lhe concediam folgas em dias de
feriados. As empresas não negaram os fatos, apenas se limitaram a afirmar que os vigilantes
seguem regras próprias, não tendo direito a receber pelo trabalho nestes dias. Mas, segundo
esclareceu a magistrada, não há dúvida de que a Lei nº 605/49 não excluiu o empregado que
exerce a função de vigilante do direito ao gozo dos feriados. No caso, o reclamante trabalhava
180 horas por mês e a circunstância de folgar duas vezes na semana não significa que houvesse compensação dos feriados não descansados.A juíza explicou que o empregado submetido à jornada de 12
x 36 trabalha quatro dias em uma semana e três na semana seguinte, o que equivale a 48 horas de
prestação de serviços na primeira e trinta e seis na segunda. Em média, são quarenta e duas horas
trabalhadas. Assim, fica claro que apesar de não comparecer ao trabalho alguns dias por semana, a jornada de trabalho do empregado submetido à jornada de 12x36 é idêntica àquela prestada pelos empregados que se submetem a 8 horas de trabalho diariamente, não se podendo creditar à conta de feriados trabalhados aqueles dias em que permanece em sua residência recompondo suas forças, concluiu.Com esses fundamentos, a magistrada condenou as reclamadas ao pagamento em dobro dos feriados nacionais estabelecidos nas
Leis nº 662/49, nº 9.093/95 e nº 10.607, com reflexos nas demais parcelas, independentemente do
descanso já incluído na remuneração mensal. Houve recurso por parte das empresas, mas a condenação foi mantida pelo TRT da 3ª Região.Fonte: Tribunal Regional do Trabalho - MG ( 0000238-22.2011.5.0

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Cuidados para não ter surpresas com a panela de pressão


Cuidados com a panela de pressão
Cuidados com a panela de pessão
Olá amigas(os), atendendo a pedidos hoje falaremos sobre os cuidados com a panela de pressão, afinal, qualquer bobeira faz um estrago danado na cozinha.
Ela foi inventada para acelerar o cozimento dos alimentos, facilita em muito nossa vida, mas como tudo tem alguns cuidados que precisamos ficar atentos. A válvula (aquela coisinha que fica no meio da tampa) deve estar desentupida, senão, BUM!!!! Explode mesmo!!!
Pra testar, é só colocar a tampa embaixo da torneira e observar se a água passa do lado de dentro pela válvula. Mantenha-a sempre limpa, se você cozinha feijão, certifique-se que não tenha nenhuma casquinha de feijão obstruindo a válvula.
Outra coisa importante é a borracha de vedação, que deve estar macia, não pode estar esfarelenta ou quebradiça, e vedar bem, pra isso é só pôr água na panela é fechar, colocar no fogo e quando começar a chiar, verificar se o vapor sai pela válvula ou pelos cantinhos da panela… O certo é sair só pela válvula!
A panela de pressão foi inventada pelo físico francês Denis Papin, que publicou em 1861 uma descrição do equipamento, denominando-o digestor. Numa reunião de cientistas da Royal Society, Papin demonstrou que o seu invento era capaz de reduzir ossos a gelatina comestível.
Não basta só colocar água e alimento na panela e levá-la ao fogo. Para ele, o cuidado deve começar desde a compra do objeto, que deve ter o selo do Inmetro.
No uso diário, é preciso ficar atento ao colocar os condimentos, temperos e verduras na panela de pressão. Alguns desses condimentos ou até mesmo alimentos, podem provocar o entupimento da válvula. Enquanto a panela estiver no fogo, é preciso observar se a válvula está funcionando normalmente, se está aliviando ou não a pressão.
Se a válvula não estiver liberando pressão, provavelmente está obstruída e o alívio deverá ser feito mecanicamente. Um garfo ou uma faca pode ajudar a resolver. Para isso, basta desligar o fogo, levantar a válvula, com cuidado para não se queimar. Antes de abrir a panela, é fundamental verificar se está t0talmente sem pressão. Nunca force a tampa para abrir.
Ao lavar a panela tem que observar se todos os resíduos de gordura foram tirados da válvula de pressão para não ocorrer obstrução, no uso posterior.
não se esqueça:
1) Nunca ocupe mais de dois terços do volume da panela com alimento ou água. O ar contido ali é parte do funcionamento do sistema. A falta de atenção com essa regra pode levar ao entupimento da válvula e à explosão da panela.
2) Não abra a panela imediatamente ao desligar o fogo. Nesse momento ainda há uma grande pressão dentro dela. É necessário esperar o resfriamento natural do conteúdo, ou resfriá-lo embaixo da torneira, afinal você e a sua cozinha não querem tomar um banho borbulhante ao abrir a tampa.
3) Som. Depois das primeiras vezes você vai conhecer o ruído que sua panela faz. Qualquer outro tipo de som vindo dela deve atrair sua atenção e resposta imediata. Costuma ser sinal do ressecamento do conteúdo, também conhecido como comida queimando. Se, por acaso, aquele “chiado” comum da panela de pressão não acontecer, pode ser que a válvula, esteja obstruída, o que a impede de liberar pressão. Sendo assim, o alívio deverá ser feito mecanicamente, bastando, para isso, levantar a válvula.
4) Tempo. Se você é daquelas pessoas que esquece completamente que há algo no fogo: compre um timer. Panelas de pressão são muito úteis, mas não esqueça delas indefinidamente.
5) Borracha. Quando a panela borbulha na junta da tampa, a pressão não vai funcionar e é sinal de que a borracha não está funcionando. Ou ela está mal posicionada ou é hora de trocar.
6) Válvula de segurança. Quando aquela válvula vermelha que existe nas panelas mais novas estourou, é sinal de que sua panela já era. Ignore o faz-tudo da sua vizinhança se ele quiser trocar a válvula por um parafuso. Da próxima vez que você precisar da válvula ela não vai estar lá e aí sim o estrago será grande.
Cuidados adicionais:
Antes do primeiro uso, é recomendável colocar água sob pressão, liberar a pressão, lavar a panela e só então utilizá-la.
O cozimento começa quando o vapor começa a escapar e a panela “apita”. É a hora de abaixar o fogo e começar a contar o tempo de cozimento indicado na receita.
Durante o funcionamento das panelas não se deve mexer nas válvulas, pois estas garantem a segurança no funcionamento das panelas.
A borracha e a tampa devem ser lavadas separadamente. Com a borracha limpa, é recomendável observar se apresenta algum tipo de falha. O ideal é não guardar a borracha na tampa porque vai perdendo a elasticidade. A vida útil da borracha, é de três meses no máximo.
O posicionamento do cabo da panela também é um item de segurança. Ele deve estar sempre voltado para o interior do fogão e nunca para fora, evitando que, acidentalmente, a panela seja derrubada.
Não permitir a presença de crianças na cozinha enquanto a panela estiver cozinhando, dentre outros cuidados.
Bem como podemos ver temos que prestar atenção aos sinais que a panela emite, assim pode-se evitar acidentes domésticos.
Beijos e até a próxima!!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Em entrevista ao Correio, ministra Eliana Calmon fala sobre o CNJ

Quase três meses depois de dizer que há “bandidos de toga” na magistratura, a ministra Eliana Calmon avalia que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) saiu fortalecido da crise desencadeada pela reação da cúpula do órgão a sua declaração. Ela destaca como principal vitória de sua gestão à frente da Corregedoria Nacional de Justiça a reabertura de processos contra grupos de extermínio, que ficavam até uma década na prateleira. Um dos exemplos é o destravamento da ação que investiga as causas da chacina que vitimou, há 13 anos, a deputada Ceci Cunha, em Alagoas. O processo finalmente, irá a júri em janeiro. Ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ela recebeu a reportagem do Correio em seu movimentado gabinete, no CNJ, na última quarta-feira à tarde. Durante a conversa, que durou mais de uma hora, estava gripada e com a voz rouca. Acredita que conseguiu “estressar” a magistratura, que qualifica de corporativista. Toda semana, recebe dezenas de juízes para audiências. Alguns vêm a Brasília só para se aconselhar com a corregedora. Ela espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) mantenha a competência originária do CNJ para abrir processos disciplinares contra juízes. O aguardado julgamento da ação protocolada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) ainda não tem data marcada. Leia os principais trechos da entrevista:

 (Edilson Rodrigues/CB/D.A Press)

Por que tanta resistência ao trabalho da senhora?Durante quatro séculos, o Poder Judiciário foi absolutamente autônomo, intocável. A invasão do âmago da administração de um tribunal por parte de um órgão é algo que não se conhece até então. A magistratura nunca reconheceu corrupção dentro do seu terreno. A cultura era de que enfraqueceria o poder se nós admitíssemos que entre nós existem corruptos. A partir desse discurso, nos distanciamos de uma grande arma, a mais poderosa contra a corrupção, que se chama transparência. Eu sou diferente porque na minha concepção o que está causando o desgaste do Judiciário é exatamente essa falta de transparência. 

A categoria é corporativista?É ideologicamente deformada. A ideologia deforma porque se você coloca como ideário uma posição e fecha a sua cabeça acaba ficando cego. É algo quase como o amor, esquizofrênico. 

A senhora acha que tem uma missão nesse caso? A gente não vê na 
sociedade muitas vozes contrárias?
Muitas vozes são a favor, só que não se manifestam. As vozes que se manifestam são das pessoas que têm a ideologia contrária.

Por que não se manifestam?Têm medo da retaliação, porque estão dentro de um sistema que é fechado.

Mas esse sistema é de retaliações? A senhora sofreu retaliações?Não. Eu sofri repúdios de todas as associações e do próprio CNJ. Mas não me senti retaliada na minha atividade, porque ninguém foi capaz de barrar o meu trabalho. Houve sim uma tentativa de me desacreditar, porque a nota de repúdio é uma forma de publicizar um trabalho que está errado. Só que a sociedade, os segmentos da própria carreira, como a OAB, universidades, deram muito apoio. Hoje mesmo veio um jovem aconselhar-se comigo. Ele acabava de sofrer uma derrota dentro da Justiça, um problema que surgiu na atividade jurisdicional. Ele veio dizer que estava desencantado e que iria deixar a magistratura. Mas antes disso ‘eu vim aqui conversar com a senhora’. Isso é lindo, é maravilhoso. Ele acredita no que eu possa dizer para ele.

Os bandidos de toga têm muita força?Eles não têm força, porque são mãos invisíveis. Na realidade, o que eu quis dizer é que esse sistema de ideologia abafada, em que nós mesmos fazemos a correção e não queremos deixar transparecer, é que faz com que os bandidos fiquem mais fortalecidos. Eu usei uma expressão forte, até para chocar. Talvez se eu não usasse a expressão bandidos de toga não tivesse vindo à tona toda essa discussão. 

Por que o julgamento dos limites da atuação do CNJ demora tanto?O Supremo está com muitos processos de importância. Não acredito que o tribunal possa se preocupar com a opinião popular, mas a reação dessa vez foi muito forte. Quem conhecia o que é CNJ? Só as pessoas mais esclarecidas. Mas o zelador do prédio, o motorista de táxi, o vendedor de pipoca passaram a saber só agora o que é o CNJ. 

A senhora acha que foi mal- interpretada pelos conselheiros ou houve tentativa de blindar o Judiciário?Eu acho que houve uma indignação, em princípio, com uma pessoa que faz parte do Judiciário e que estava contrária a uma cultura. Eu estressei a cultura do Judiciário, mas nunca mudei de tom. Essa voz é absolutamente coerente com tudo o que já fiz. Acho que a administração tem que ser transparente. 

A AMB pede que as corregedorias dos tribunais tenham o direito de investigar inicialmente as questões disciplinares de juízes antes do CNJ. Por que o conselho quer a competência concorrente?Em uma instituição corporativista como é o Judiciário, a abertura de um processo contra um juiz não fica a critério da corregedoria. Muitas vezes, o corregedor leva para o pleno. Alguns corregedores têm me dito que não adianta porque a ideologia do tribunal é não abrir processo contra juiz. Um corregedor me relatou o caso de um juiz que merecia ser afastado. Mas disse que já sabia que o tribunal não abriria o processo contra ele. E perguntou se mandaria o caso para mim ou se fazia a investigação por lá.

O que a senhora disse?Disse para ele fazer toda a investigação para evitar que depois venha a ser anulada pelo Supremo. Estou tomando medidas profiláticas para que não haja anulações. Estamos atentos. Estabelecemos que todas as vezes que um tribunal arquivar o processo ou não abrir por falta de quórum que informe à Corregedoria Nacional. 

Passada a polêmica a senhora acha que o CNJ saiu fortalecido?Sem dúvida alguma. A corregedoria passou a ser mais conhecida e mais temida. Estamos cruzando dados para saber quais os sinais exteriores de riqueza. O porquê das contas bancárias, dos investimentos. 

Na avaliação da senhora, como está o trabalho da Corregedoria Nacional de Justiça?A corregedoria desfaz os nós que impedem o funcionamento normal da Justiça. A Secretaria de Direitos Humanos nos convidou para uma conversa em que mostrou a dificuldade que sentia porque o Brasil responde a processos no Tribunal Internacional de Direitos Humanos, como os que investigam grupos de extermínio. O juiz costuma focar os processos mais fáceis. Esses mais difíceis vão ficando na prateleira. Eles sabem que é um problema sério, porque está mexendo com milícias e gente poderosa.

Mas há resistência dos corregedores nos estados?Não. Os corregedores têm nos atendido prontamente e manifestado a dificuldade na tramitação dos processos. Geralmente, há autoria diluída e o juiz se desgasta com a investigação.

Há pressão muito forte no Congresso para aumentar o salário do Judiciário. A senhora defende isso?Isso tudo tem de ser negociado. É o presidente do STF que está encarregado de fazer essa política salarial não somente para os magistrados, mas também para os servidores. Muitas leis estabelecem benesses de incorporações para os servidores públicos, que levavam a salários muito altos.

Levavam ou levam?Levavam, porque agora se tomou uma providência de dar uma parada nessas incorporações. Mas encontramos nos servidores públicos da Justiça Federal muitos salários que são superiores aos dos magistrados. No meu gabinete do STJ, o meu salário é o terceiro. Tenho dois assessores que ganham mais que eu.

Ainda tem gente recebendo acima do teto?Estamos verificando. Para nós, tem que se obedecer ao teto. Estamos fazendo pela primeira vez uma inspeção patrimonial em 20 tribunais para saber se efetivamente há salários acima do teto.

A senhora considera legal que juízes façam greve?Não damos sentenças para o governo, mas julgamos para o povo brasileiro. Imaginemos que os senadores porque não conseguiram aumento suficiente deixassem de votar e fechassem as portas do Senado. Tenho essa ideia em relação aos magistrados.

domingo, 11 de dezembro de 2011

VARTANIAN - Assassino, depois, médico! = léxico


Descrição: http://www.angelorigon.com.br/wp-content/uploads/2011/10/vartanian.jpg
O médico José Guilherme Vartanian apareceu hoje na mídia nacional para falar do tratamento do câncer do ex-presidente Lula. Ele não aparecia tanto em veículos de comunicação desde que, em dezembro de 1992, matou a socos e pontapés o maringaense Marcos Takashi Kawamoto, na frente do bar Ópera. Marcos, que trabalhava no Japão, estava em Maringá para passar o Natal com a família; Vartanian, que estudava Medicina na UEL, em Londrina, perseguiu a vítima antes de espancá-la até a morte. O caso andou lentamente; em primeira e segunda instância, decidiu-se que ele iria a júri popular; quando o caso chegou em Brasília, ficou cinco anos parado, até obter o voto do ministro Hamilton Carvalhido, que apontou a prescrição. A lei estabelece que o prazo para a prescrição é reduzido à metade quando o réu tem menos de 21 anos. A família, que havia feito passeata em Maringá e protestado defronte o TJ-PR, até hoje não compreende a falta de justiça do caso.
À época, o advogado Israel Batista de Moura, assistente de acusação, apresentou pedido de providências contra a demora no STJ, que começava com uma frase de Rui Barbosa: “Justiça tardia não é Justiça, é injustiça manifesta”. Em 2008, 16 anos depois da morte, o caso foi declarado prescrito, sem punição a Vartanian, hoje sob os holofotes.
   Iniciado o julgamento de recurso sobre assassinato de jovem morto a chutes no Paraná
A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) iniciou o julgamento do recurso especial apresentado pela defesa do médico José Guilherme Vartanian, acusado de matar, com golpes no peito, o jovem Marcos Takashi Kawamoto. O crime ocorreu em Maringá (PR), em 1992, na saída de uma boate. A defesa de Vartanian pretende retirar da acusação as qualificadoras de motivo torpe e dificuldade de defesa da vítima.

O relator do recurso, ministro Hamilton Carvalhido, atendeu parcialmente o pedido, excluindo a imputação de homicídio por motivo torpe (vingança), mas manteve a qualificadora de surpresa (dificuldade de defesa da vítima). Para o ministro, é fundamental analisar os acontecimentos anteriores ao crime. No caso, de acordo com a denúncia, Kawamoto teria ido conversar com o réu para apaziguar os ânimos em razão de uma discussão e, assim que lhe estendeu a mão em sinal de cumprimento, recebeu os golpes. Por isso, a manutenção da pronúncia quanto à surpresa

Ocorre que, no entendimento do relator, a imputação quanto à vingança baseou-se em uma possibilidade: a de que Vartanian, em função do desentendimento pouco antes da agressão, procurou vingar-se, perseguindo-o e desferindo os golpes mais tarde. Segundo o relator, a mera possibilidade não é suficiente para levar a acusação ao Tribunal do Júri.

A desembargadora convocada Jane Silva pediu vista dos autos para melhor exame do caso. Não há data para a retomada do julgamento. Ainda deverão votar os ministro Nilson Naves, Paulo Gallotti e Maria Thereza de Assis Moura.

O crime

No dia 31 de dezembro de 1992, Kawamoto morreu em decorrência de dois chutes no tórax. Os golpes estouraram sua caixa toráxica, quebrando ossos, afetando pulmões e coração. Ele faleceu no local. O motivo teria sido um desentendimento com o então estudante de medicina Vartanian. De acordo com o Ministério Público, o agressor seria praticante de artes marciais e teria ciência dos efeitos fulminantes que os golpes poderiam provocar na vítima. Kawamoto trabalhava como dekassegui no Japão e havia retornado ao Brasil há poucos dias para passar seu aniversário e as festas de fim de ano com a família.

Não houve prisão em flagrante e Vartanian aguarda o julgamento em liberdade. Em 1997, ele formou-se em medicina e, atualmente, é cirurgião em São Paulo. Após a pronúncia (momento em que o juiz aceita as imputações propostas contra o réu pelo Ministério Público), a defesa do acusado apelou ao Tribunal de Justiça do Paraná, mas o julgamento pelo Tribunal do Júri por homicídio duplamente qualificado foi confirmado. A partir desta decisão, o STJ analisa o recurso especial.

A prescrição desse tipo de crime ocorre em 20 anos da data do fato.

Coordenadoria de Editoria e Imprensa
Esta página foi acessada: 9021 vezes

sábado, 10 de dezembro de 2011

POR DENTRO DO CÉREBRO Entrevista com o Dr. Paulo Niemeyer Filho - Neurocirurgião


O que fazer para melhorar o cérebro?

Resposta:
Você tem de tratar do espírito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer exercício.

Se está deprimido, com a autoestima baixa, a primeira coisa que acontece é a memória ir embora. 90% das queixas de falta de memória são por depressão,  desencanto,  desestímulo.

Para o cérebro funcionar melhor, você tem de ter motivação.

Acordar de manhã e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que está fazendo e ter a autoestima no ponto.

PODER: Cabeça tem a ver com alma?
PN: Eu acho que a alma está na cabeça. Quando um doente está com morte cerebral, você tem a impressão de que ele já está sem alma... Isso não dá para explicar, o coração está batendo, mas ele não está mais vivo.
  
PODER: O que se pode fazer para se prevenir de doenças neurológicas?

PN: Todo adulto deve incluir no check-up uma investigação cerebral. Vou dar um exemplo: os aneurismas cerebrais têm uma mortalidade de 50% quando rompem, não importa o tratamento. Dos 50% que não morrem, 30% vão ter uma sequela grave: ficar sem falar ou ter uma paralisia. Só 20% ficam bem. Agora, se você encontra o aneurisma num checkup, antes dele sangrar, tem o risco do tratamento, que é de 2%, 3%. É uma doença muito grave, que pode ser prevenida com um check-up.
  
PODER: Você acha que a vida moderna atrapalha?
PN: Não, eu acho a vida moderna uma maravilha. A vida na Idade Média era um horror. As pessoas morriam de doenças que hoje são banais de ser tratadas. O sofrimento era muito maior. As pessoas morriam em casa com dor. Hoje existem remédios fortíssimos, ninguém mais tem dor.

PODER: Existe algum inimigo do bom funcionamento do cérebro?

PN: O exagero.
Na bebida, nas drogas, na comida.
O cérebro tem de ser bem tratado como o corpo. Uma coisa depende da outra.
É muito difícil um cérebro muito bem num corpo muito maltratado, e vice-versa.

PODER: Qual a evolução que você imagina para a neurocirurgia?

PN: Até agora a gente trata das deformidades que a doença causa, mas acho que vamos entrar numa fase de reparação do funcionamento cerebral, cirurgia genética, que serão cirurgias com introdução de cateter, colocação de partículas de nanotecnologia, em que você vai entrar na célula, com partículas que carregam dentro delas um remédio que vai matar aquela célula doente. Daqui a 50 anos ninguém mais vai precisar abrir a cabeça.

PODER: Você acha que nós somos a última geração que vai envelhecer?

PN: Acho que vamos morrer igual, mas vamos envelhecer menos. As pessoas irão bem até morrer. É isso que a gente espera. Ninguém quer a decadência da velhice. Se você puder ir bem de saúde, de aspecto, até o dia da morte, será uma maravilha.
  
PODER: Hoje a gente lida com o tempo de uma forma completamente diferente. Você acha que isso muda o funcionamento cerebral das pessoas?

PN: O cérebro vai se adaptando aos estímulos que recebe, e às necessidades. Você vê pais reclamando que os filhos não saem da internet, mas eles têm de fazer isso porque o cérebro hoje vai funcionar nessa rapidez. Ele tem de entrar nesse clique, porque senão vai ficar para trás. Isso faz parte do mundo em que a gente vive e o cérebro vai correndo atrás, se adaptando.
  
PODER: Você acredita em Deus?

PN
: Geralmente depois de dez horas de cirurgia, aquele estresse, aquela adrenalina toda, quando acabamos de operar, vai até a família e diz:
"Ele está salvo". 
Aí, a família olha pra você e diz:
"Graças a Deus!".
Então, a gente acredita que não fomos apenas nós...

  

Polícias baianas ganham 200 fuzis da Marinha do Brasil



Governador Jaques Wagner participou da cerimônia de entrega dos fuzis às polícias civil e militar
Governador Jaques Wagner participou da cerimônia de entrega dos fuzis às polícias civil e militar
Por solicitação da Secretaria da Segurança Pública (SSP), o governo do Estado recebeu, nesta sexta, 09, 200 fuzis automáticos leves (FAL), de calibre 7.62 milímetros, que foram doados do acervo da Marinha do Brasil. Utilizados pelas Forças Armadas, em situações de guerra, os armamentos serão utilizados pelas polícias Civil e Militar para combater o crime organizado na Bahia, no enfrentamento a quadrilhas de tráfico de drogas, assaltos a bancos e carros-fortes.
Essa é a segunda doação de equipamentos militares por parte da Marinha ao Estado, que, com o reforço bélico, passa a contar com 350 unidades do FAL. A primeira solicitação foi feita em 4 de maio de 2009, quando foram concedidos à Polícia Militar 150 armamentos. Agora, do total de fuzis, mais 150 equipamentos passam a integrar o acervo da PM. Os 50 fuzis restantes vão compor o estoque da Polícia Civil.
Segundo o comandante do 2º Distrito Naval, vice-almirante Carlos Autran, o convênio entre a Marinha e a SSP foi firmado no último dia 17 de novembro, a partir da assinatura de um termo de  transferência e responsabilidade.
Programa -  De acordo com o governador Jaques Wagner, o esforço do Estado no combate ao narcotráfico coincide com o programa do governo federal, que, na última quinta-feira, anunciou o investimento de R$ 4 bilhões, que serão destinados à prevenção, tratamento de dependentes químicos e repressão ao comércio de entorpecentes.
“É um momento de união contra aqueles que querem destruir a juventude, a família e o tecido social da nação brasileira”, declarou o governador, que considera o crime organizado do tráfico de drogas uma “multinacional” que movimenta bilhões de reais com o comércio de entorpecentes. “Por isso, não devemos nos separar em termos civis e militares, sejam eles da União ou do Estado, nessa tarefa dura e prolongada, que coopta e corrompe as pessoas”, disse.
Companhias -  Segundo o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, os fuzis recebidos pela corporaçãoserão alocados para as unidades especializadas, na capital e no interior, a exemplo do Batalhão de Choque e dos Comandos Independentes de Policiamento Especializado (Cipe) da Caatinga e do Semiárido.
Questionado sobre a utilização de armamentos de guerra nas cidades, coronel Castro respondeu que a polícia precisa estar à altura do poderio bélico dos criminosos. “Eles utilizam esse tipo de arma, e a Polícia Militar não pode ser ultrapassada”.
Conforme informou o delegado-geral da Polícia Civil, Hélio Jorge, os fuzis serão destinados para as seis bases do Centro de Operações Especiais (COE), no interior e na capital. “Vamos distribuir igualmente, para que todos possam dispor desse material”, explicou. “Nós já realizamos algumas etapas de treinamento para o manuseio dessas armas e vamos avançar para qualificar o pessoal do interior”, assegurou.