quarta-feira, 29 de agosto de 2012

CBF marca finais da Copa do Brasil 2013 para novembro


A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou nesta terça-feira, 28, por meio de nota publicada em seu site oficial, o calendário do futebol nacional em 2013. A principal novidade deste anúncio foi a definição das finais da Copa do Brasil para novembro, sendo que a competição sempre ocorreu no primeiro semestre.
A segunda principal competição do futebol brasileiro, que terá novo formato a partir do próximo ano, será iniciada no dia 3 de abril e acabará em 27 de novembro. O torneio não terá jogos em junho, quando será realizada no País a Copa das Confederações, e contará com partidas divididas em oito datas até 22 de maio. Em seguida, será retomado em 3 de julho e contará com 12 datas até 27 de novembro.
A Copa do Nordeste volta ao calendário oficial da entidade a partir do ano que vem. Ela começa no dia 20 de janeiro e segue ao longo de 12 datas, em paralelo com os campeonatos estaduais, até o dia 17 de maço, quando acontece a final da competição. Após esta data, os times participantes poderão concentrar as atenções nos campeonatos de seus estados, que vão iniciar apenas com times não classificados para o Nordestão.
A CBF destacou em seu site oficial que, entre 15 e 30 de junho de 2013, período de disputa da Copa das Confederações, não haverá jogos em curso de nenhuma competição nacional. Com a disputa no Brasil da maior competição da Fifa antes da Copa do Mundo de 2014, o Campeonato Brasileiro será paralisado entre 9 de junho até 7 de julho, sendo que a última vez que o torneio ficou parado por um mês foi durante o Mundial de 2010, na África do Sul.
Semestral até a edição deste ano, a Copa do Brasil passará a contar com 86 times a partir do próximo ano, e não mais os habituais 64. Com o novo formato, os brasileiros que estiverem disputando a Libertadores de 2013 só entrarão na competição nacional em sua quarta fase. Ao total, são seis vagas abertas para equipes que virão por meio da competição continental. Caso apenas cinco times do país garantam vaga no torneio sul-americano, um sexto será definido por meio de colocação no ranking da CBF.
Ao confirmar o seu calendário nacional, a entidade que controla o futebol brasileiro também incluiu nele as datas dos torneios internacionais que serão realizados no próximo ano. Entre eles está a Copa Libertadores, que será encerrada apenas em 24 de julho de 2013 por causa da pausa ocorrida durante o período da Copa das Confederações - Neste ano, o Corinthians se sagrou campeão da América ao bater o Boca Juniors por 2 a 0 em 4 de julho, no Pacaembu.
A CBF também destacou em seu calendário as disputas dos amistosos da seleção brasileira. O primeiro está previsto para acontecer em 6 de fevereiro e o último para 19 de novembro, englobados em um total de 15 datas disponíveis para este tipo de confronto.
fonte:Agência Estado e Da Redação

Confira o calendário de 2013 anunciado nesta terça pela CBF


2 de janeiro - Início da pré-temporada
18 de janeiro - Fim da pré-temporada
Campeonatos estaduais
De 20 de janeiro a 19 de maio, com 23 datas
Copa do Nordeste
De 20 de janeiro a 17 de março, com 12 datas.
Copa Libertadores da América
De 23 de janeiro a 22 de maio - 15 datas
De 3 de julho a 24 de julho - quatro datas
Copa do Brasil de Futebol Feminino
De 26 de janeiro a 6 de abril - 10 datas
Copa do Brasil
De 3 de abril a 22 de maio - oito datas
De 3 de julho a 27 de novembro - 12 datas
Copa das Confederações
De 15 de junho a 30 de junho - 16 dias
Amistosos da seleção brasileira
De 6 de fevereiro a 19 de novembro - 15 datas
Campeonato Brasileiro
De 26 de maio a 9 de junho - cinco datas
De 7 de julho a 8 de dezembro - 33 datas
Série B do Campeonato Brasileiro
De 25 de maio a 11 de junho - seis datas
De 7 de julho a 30 de novembro - 32 datas
Série C do Campeonato Brasileiro
De 2 de junho a 9 de junho - duas datas
De 7 de julho a 24 de novembro - 22 datas
Série D do Campeonato Brasileiro
De 2 de junho a 9 de junho - duas datas
De 7 de julho a 20 de outubro - 16 datas
Copa Sul-Americana
De 14 de agosto a 28 de agosto - duas datas
De 23 de outubro a 11 de dezembro - oito datas
Mundial de Clubes da Fifa
De 11 de dezembro a 21 de dezembro - 11 dias

Alagoinhas será primeira cidade do interior a sediar Centro de Comunicação da SSP

Alagoinhas, distante de Salvador a 110 km, será a primeira região, entre as 22, do interior baiano, a ser contemplada com um projeto piloto, criado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) e chamado Centro Integrado de Comunicações – Cicom. 

O espaço, que funcionará como uma central única de atendimento, permitirá aos moradores dos municípios de Alagoinhas, Inhambupe, Araçás, Aramari, Sátiro Dias, Pojuca, Itanagra, Catu, Ouriçangas, Irará, Água Fria e Pedrão a terem acesso aos serviços telefônicos gratuitos de emergência 190 (Polícia Militar), 197 (Polícia Civil) e 193 (Bombeiros). 

A inauguração do Cicom/Alagoinhas, cuja sede está localizada ao lado do 4º Batalhão de Polícia Militar, acontece amanhã (5), às 10h30min, e será presidida pelo secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa. 
Para a estruturação do serviço, a SSP investiu em um aporte tecnológico que inclui, além da central telefônica, 16 rádios fixos, 37 veiculares, 34 portáteis, 20 aparelhos telefônicos tipo fax, 11 computadores e duas câmeras de alta resolução (CFTV Speed Dome). 

Na sede do Centro, funcionarão de forma integrada a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros, permitindo à população um maior acesso a estes serviços gratuitos de emergência da segurança pública. Até a implantação da Cicom, apenas Alagoinhas, Catu e Irará possuíam 190 (Polícia Militar) e 197 (Polícia Civil), inexistindo o 193 (Bombeiros) em todos os municípios que abrangem a região.  
 

Novo refrigerante é produzido na Bahia


Foto: Carla Ornelas/Secom
Refrigerante Goob é produzido em Alagoinhas
Refrigerante Goob é produzido em Alagoinhas
A fábrica de Alagoinhas, a 116km de Salvador, segunda unidade do Grupo ISM (Indústria São Miguel) fora do Peru, já está produzindo um novo refrigerante desenvolvido especialmente para o mercado brasileiro. O refrigerante Goob começou a ser comercializado há 2 semanas nos sabores Guaraná e Cola, nos tamanhos 250ml, 500ml e 2l. 

Além da própria fábrica em Alagoinhas, a empresa tem centros distribuidores em Salvador e Feira de Santana, que atenderão cerca de 90 mil pontos de venda na Bahia, em Sergipe e Alagoas.

A Indústria São Miguel, empresa peruana pertencente à família Anãnos Alcazar, atua há 25 anos no ramo de bebidas não alcóolicas e, em 2005, abriu sua primeira unidade fabril, fora do Peru, na República Dominicana. 

Em função do tamanho e da importância do país, a implantação da fábrica no Brasil é considerada estratégica tendo em vista os planos de expansão do grupo peruano, na América Latina e no mundo. 

Segundo Guilherme Soares, Gerente Geral do Brasil, as análises feitas pela empresa indicaram o Nordeste como a região de maior potencial de crescimento.

Além dos incentivos fiscais oferecidos pelo governo do estado da Bahia, o município de Alagoinhas foi escolhido devido à excelente qualidade de sua água, que faz do local um polo atrativo para a indústria de bebidas. 

Para instalação da fábrica, foram investidos R$50 milhões, e mais R$ 15 milhões serão aplicados nesta fase inicial das operações. 

Somente 5 funcionários trabalham na linha de produção, pois o processo de fabricação do refrigerante é todo automatizado, para que não exista contato manual. A capacidade total de produção da fábrica de Alagoinhas é de 15 milhões de litros por mês. 

De acordo com Guilherme Soares, o grupo São Miguel como um todo possui, aproximadamente, 4.500 colaboradores. Na Bahia, serão gerados cerca de 600 empregos diretos e indiretos. Destes, 230 farão parte do quadro de funcionários da empresa e estarão, em sua maioria, vinculados às áreas comercial e de distribuição.

Cervejarias vão atrás da água de Alagoinhas


       Um dito popular em Alagoinhas, cidade 128 quilômetros ao norte de Salvador, prega que quem prova a água do local não vai mais embora. Demorou, mas empresas produtoras de bebidas começaram a perceber que a apresentação não é apenas uma demonstração do caráter acolhedor dos habitantes do município. 

A água da cidade, proveniente do Aquífero de São Sebastião, tem qualidades capazes não só de encantar visitantes, mas também de atrair investimentos e aumentar produção e lucros das indústrias. 

O próprio nome Alagoinhas, cunhado no século 17, antes da criação da freguesia que deu origem ao município (emancipado em 1853), faz referência à água abundante no então ponto de encontro e descanso de viajantes que seguiam do litoral para o semiárido baiano. Além dos rios e lagos da área, a água brotava em grande quantidade do chão, quando escavado.
 
Apenas, agora, mais de 150 anos após a criação do município, a maior vocação natural da cidade começa a ser explorada. 
 
“Temos uma das melhores águas do mundo, facilidades logísticas e um mercado nordestino em crescimento e com potencial para crescer mais”, orgulha-se o prefeito de Alagoinhas, Paulo Cézar Simões (PDT). “As empresas de bebidas começaram a perceber as vantagens de investir aqui.”
 
O pontapé inicial foi dado pela Schincariol, hoje controlada pela japonesa Kirin Holdings, que há 15 anos instalou uma fábrica no município, às margens da BR-101, depois de pesquisas em diversas áreas do País. “O Aquífero de São Sebastião, rico em quantidade e qualidade, foi um dos principais motivos pelos quais a Schincariol foi instalada no local”, diz o especialista em Recursos Hídricos da Schincariol, Hamilton Luiz Guido.
 
A empresa reinou sozinha na região - o que a ajudou a chegar à liderança do mercado nordestino de cervejas - até agora. No dia 3 de julho, a população da pacata cidade comemorou a notícia de que o Grupo Petrópolis, dono das marcas Itaipava e Crystal e maior rival da Schin na disputa pela vice-liderança do mercado brasileiro de cervejas (dominado pela Ambev), assinou o protocolo de intenções para a instalação de mais uma cervejaria e um centro de distribuição no município. A empresa espera que o investimento de R$ 1,1 bilhão permita iniciar a produção de 600 milhões de litros em maio do ano que vem, absorvendo 3 mil colaboradores. Para os moradores da cidade, a notícia foi motivo de festa.
 
“Queremos 16% do mercado nordestino em cinco anos”, diz o diretor de Mercado da empresa, Douglas Costa. Hoje, a participação de mercado da Petrópolis na região não passa de 0,5%. A chegada do Grupo Petrópolis a Alagoinhas promete deflagrar uma guerra de cervejarias, mas outras empresas do ramo de bebidas não alcoólicas também querem aproveitar a água de Alagoinhas. O município foi o escolhido pela peruana Industrias San Miguel (ISM), líder na venda de refrigerantes em seu país, para fazer sua estreia no Brasil. 
 
Cidade virou polo regional
 
A cidade virou polo regional após dois grandes ciclos de desenvolvimento, ambos relacionados à posição geográfica. O primeiro teve como catalisador a criação, entre o meio e o fim do século 19, de duas linhas ferroviárias ligando Salvador a outras regiões do Nordeste, que confluíam em Alagoinhas. Uma delas é controlada, hoje, pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), da Vale.
 
O outro teve início em meados do século 20 e foi resultado do cruzamento, no município, de duas importantes rodovias federais, a BR-101 - que atravessa o País no sentido Norte-Sul, pelo litoral - e a BR-110, que liga a região metropolitana de Salvador ao litoral do Rio Grande do Norte, atravessando o interior nordestino. Seguiram-se movimentos menores, como o do petróleo, após a descoberta, na década de 1960, de pequenos poços na região, e o da agricultura de frutas cítricas, que fez a cidade ganhar a alcunha “terra da laranja” na Bahia.
 
A fábrica da Petrópolis está praticamente pronta, nas proximidades da rival Schincariol, após investimentos iniciais de R$ 50 milhões, e começa a fazer os primeiros testes de produção. A unidade terá capacidade de produção de 4 milhões de litros de refrigerantes, energéticos e água mineral por ano.
 
 “A qualidade e o volume da água foram os fatores mais determinantes para a empresa escolher o município”, diz o diretor Comercial da peruana ISM, Francisco Galdos. “A água da região apresenta uma correta proporção de sais e alta pureza, que praticamente eliminam a necessidade de tratamentos adicionais”, conta. “Além disso, a região não tem outras indústrias que possam potencialmente comprometer a qualidade dos poços.”
 
Segundo estudos feitos pelo grupo ISM, os principais índices de impureza da água medidos no ponto onde a planta está instalada, os de alcalinidade e dureza, foram muito menores em Alagoinhas do que nas outras indústrias da empresa, localizadas no Peru e na República Dominicana. Com menos impurezas, os investimentos necessários para tratar a água são menores. O volume disponível para uso, 1,04 milhão de litros por dia, também é maior que o das outras plantas.
 
A alcalinidade da água de Alagoinhas registrou 16 partes por milhão (ppm), 14 vezes menos do que o encontrado nas fábricas da empresa no Peru (média de 220 ppm) e 25 vezes menos do que o verificado nas fontes usadas pela unidade dominicana da indústria peruana (400 ppm). Apesar da baixa alcalinidade, a água não é excessivamente ácida - tem pH médio de 6, em uma escala de 0 a 14 no qual quanto mais baixo o número, maior a acidez e 7 significa neutro. 
 
Segundo informações do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Alagoinhas (Saae), a pureza dos poços da cidade tem relação tanto com o terreno sedimentar (arenoso) sobre o qual o município está instalado, quanto pela profundidade média na qual o aquífero está localizado, entre 100 e 150 metros. “A combinação permite que o terreno filtre quase todas as impurezas, deixando a água cristalina e leve”, diz o assessor especial da autarquia, Nilo Carvalho. “A ‘água bruta’ (retirada diretamente do lençol) é naturalmente potável, mas adicionamos flúor e cloro para cumprir a legislação. É o único tratamento necessário.”
 
As qualidades devem levar mais indústrias do setor para a cidade. “Estamos em fase adiantada de negociações com a Coca-Cola (a Norsa planeja instalar uma unidade de produção de água mineral no local) e com outras empresas do setor”, diz o prefeito. 
 
Na esteira, empresas de fornecimento de materiais para a indústria de bebidas também começam a se instalar na cidade. A americana Latapack-Ball, fabricante de latas de alumínio, por exemplo, está concluindo sua planta em Alagoinhas, vizinha à da ISM. Espera-se que a unidade, que exigiu investimentos de R$ 200 milhões, produza 1 bilhão de latinhas por ano. “Estamos começando a viver o ciclo da água”, comemora Simões. (Fonte: TiagoDécimo -Do Estadão)

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

CONTRAF-CUT e CNTV: Pesquisa nacional aponta 27 mortes em assaltosenvolvendo bancos no primeiro semestre


Pesquisa nacional mostra que 27 pessoas foram assassinadas em assaltos
envolvendo bancos no primeiro semestre de 2012, uma média de 4 vítimas
fatais por mês, o que representa um aumento de 17,4% em relação ao mesmo
período do ano passado, quando foram registradas 23 mortes. O levantamento
foi realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV),
com base em notícias da imprensa e com apoio técnico do Dieese.
São Paulo (6), Rio de Janeiro (4) e Bahia (4) foram os estados com o maior
número de casos. A principal ocorrência foi o crime de "saidinha de banco",
que provocou 14 mortes. Já a maioria das vítimas foram clientes (15), seguido
de vigilantes (5), transeuntes (3), policiais (3) e bancário (1).
Para a Contraf-CUT e a CNTV, essas mortes refletem, sobretudo, a carência
de investimentos dos bancos para prevenir assaltos e sequestros. Segundo
dados do Dieese, os cinco maiores bancos que operam no país apresentaram
lucros de R$ 50,7 bilhões em 2011. Já as despesas com segurança e vigilância
somaram R$ 2,6 bilhões, o que significa 5,2%, em média, na comparação com
os lucros.
"Entra ano, sai ano, e muitas pessoas continuam morrendo em assaltos
envolvendo bancos, o que é inaceitável no setor mais lucrativo do país. Isso
comprova o enorme descaso e a escassez de investimentos dos bancos na
proteção da vida de trabalhadores e clientes,, bem como revela a fragilidade da
segurança pública diante da falta de mais policiais e viaturas nas ruas e de
ações de inteligência para evitar ações criminosas", afirma o presidente da
Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
"Esses números são assustadores e reforçam a necessidade de atualizar a lei
federal nº 7.102/83, que se encontra defasada diante do crescimento da
violência e da criminalidade. Precisamos de um estatuto de segurança privada
com medidas eficazes e equipamentos adequados de prevenção para garantir
a proteção da vida, eliminar riscos e oferecer segurança para trabalhadores e
clientes", salienta o presidente da CNTV, José Boaventura Santos.

domingo, 5 de agosto de 2012

Bancos não informam sobre conta de serviços essenciais


       Você sabia que há uma conta de serviços essenciais que os correntistas têm direito a utilizá-la de modo gratuito? Pois bem, esse serviço inclui quatro saques, duas transferências entre contas do mesmo banco, dois extratos do mês anterior, um extrato anual, 10 folhas de cheque e consulta ao site do banco de modo ilimitado. A questão é que essa conta é pouco divulgada pelos bancos. 

A constatação é do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Idec, que realizou a pesquisa em março deste ano com os seis maiores bancos do país – Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú e Santander – para avaliar o conhecimento dos atendentes desses bancos a respeito do pacote de serviços essenciais e a facilidade do consumidor em mudar sua conta corrente para essa modalidade, que é regulamentada pela resolução 3518/2007 do Banco Central. 

Segundo o gerente de Comunicação do Idec, Fulvio Giannella, a conta de serviços essenciais existe há pelo menos quatro anos, mas os atendentes não informam esta opção na hora da abertura de contas.

“A conta, além de gratuita, tem a oportunidade de proporcionar ao correntista a escolha dos serviços que melhor lhe atendem. Por exemplo, se ele não costuma realizar regularmente o TED, mas por ventura naquele mês ele precisou realizar o serviço ele pode pagar por fora. 

O TED eletrônico custa entre R$ 7 a R$ 8 e é mais barato que se estivesse incluso num pacote de serviços que custa mensalmente a ele R$ 9,80, na Caixa Econômica Federal, R$ 19,60 no Itaú, R$ 19,55 no Bradesco e R$ 33,60 no Santander”, avisa. 
 
Ele ressalta que se o consumidor desconhece o direito à conta de serviços gratuita, os atendentes dos bancos, por sua vez, não o informam. “Além disso, é comum observar que os atendentes costumam impor dificuldades para abertura dessa conta”, cita. 

Giannella aconselha as pessoas a identificarem primeiro suas necessidades junto aos bancos. “Se o consumidor verificar que o perfil é de conta essencial, ele deve solicitar junto ao banco a alteração na conta. Caso não tenha êxito, deve procurar a Ouvidoria do próprio banco em que é correntista e registrar a reclamação. 

Se ainda não conseguir que seu direito seja respeitado deverá apresentar queixa junto ao Banco Central através do telefone 0800 979 2345, ou enviar correspondência no endereço SBS Quadra 03, Bloco B, Edifício Sede, Caixa Postal 08670, CEP: 70074-900, Brasília, Distrito Federal. A reclamação pode ser feita na página do Banco Central no www.bcb.gov.br”, destaca. 
 
Pesquisa avalia principais instituições do país 
 
A pesquisa, que teve como foco avaliar os serviços dos principais bancos do país se deparou com questões no mínimo distintas: no HSBC o Idec informou que o atendente teria sido categórico ao afirmar a inexistência da conta gratuita.

“Ele confundiu os serviços essenciais com o pacote padronizado, e alterou a conta do pesquisador para o modo padronizado que custa R$ 13,50.

De acordo com as normas do Banco Central, esse pacote também deve ser oferecido, obrigatoriamente, pelos bancos, mas ele tem características diferentes das de serviços essenciais, com número maior de saques e a não inclusão de folhas de cheque, por exemplo, além de ser tarifado”, diz o Idec. A pesquisa também verificou o serviço prestado pelo Banco do Brasil. 

O atendente, segundo informa a pesquisa do Idec, também não teria realizado mudança, apesar dele próprio ter admitido a existência do pacote de serviços essenciais. 

“O Bradesco e o Santander acabaram convertendo a conta, mas antes tentaram persuadir o pesquisador a continuar com o pacote de serviços contratado. Apenas a CEF e o Itaú não apresentaram nenhum empecilho. Em agosto de 2010, o Idec publicou em sua revista, pesquisa com os dez maiores bancos. 

Em seis deles - Banco do Brasil, Banrisul,CEF, HSBC, Nossa Caixa e Unibanco – não foi possível avaliar, por meio da tabela de tarifas, se os serviços essenciais podiam ser contratados isoladamente”, informa o Idec.
 
O Idec disse ainda que o resultado da pesquisa foi enviado aos bancos, no entanto somente o Santander teria se manifestado, afirmando que orienta os funcionários a buscarem a melhor opção para os consumidores, e que o gerente, ao analisar o perfil do pesquisador, considera mais adequado para ele outro pacote que não o de serviços essenciais, de acordo com o Instituto de Defesa do Consumidor. (AN)